Movimentos planejam novas manifestações para esta quinta-feira
Depois de quatro horas de manifestação na noite de ontem (16), líderes de movimentos como Reaja Brasil, Avança Brasil e Chega de Impostos, planejam novo encontro nesta quinta-feira, às 18h, novamente em frente ao prédio do MPF (Ministério Público Federal), na Avenida Afonso Pena com a Alagoas, em Campo Grande.
Conforme a professora universitária Fabrícia Sales, do movimento Avança Brasil, a pressão contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) vai continuar. “Não vamos sair da rua, enquanto Dilma não cair”, diz.
Ontem, o protesto foi desencadeado na Capital e em várias cidades do Brasil, depois da confirmação de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria nomeado, pela presidente Dilma Rousseff, como ministro-chefe da Casa Civil. Os dois são do Partido dos Trabalhadores.
“O povo está revoltado por tudo que está acontecendo no cenário político. O encontro desta quarta-feira foi espontâneo depois que a presidente indicou uma pessoa investigada pela Polícia Federal para ocupar um dos ministérios mais importante. Dá vergonha de ser Brasileira. O assunto foi manchete nos jornais do mundo inteiro”, lamenta a professora.
A assessoria de imprensa do Movimento Reaja Brasil informou que o grupo se reúne nesta manhã para decidir sobre os últimos ajustes da manifestação de hoje à noite. Segundo os movimentos, de 2,5 mil a 3 mil pessoas participaram da manifestação desta quarta-feira.
Protestos - Interceptação telefônica feita pela Polícia Federal encontrou indícios de que a presidente Dilma Rousseff pode ter agido para tentar evitar a prisão do ex-presidente Lula. Em trecho de diálogo divulgado nesta quarta, de conversa entre Lula e Dilma, ela diz que encaminharia a ele o “termo de posse” de ministro que deveria ser usado “em caso de necessidade”.
A conversa foi registrada no início da tarde, às 13h32, pela PF, poucas horas antes da publicação da posse de Lula para o cargo de ministro da Casa Civil. A conversa foi captada pela PF porque o telefone de um segurança do ex-presidente, o tenente Valmir Moraes da Silva, era objeto de interceptação telefônica autorizada pela Justiça. Era por este aparelho que Lula se comunicava com autoridades e seus interlocutores.