Mulher trans diz que foi atacada a mando de cafetina

Pamela Myrela, mulher transexual que teve o corpo incendiado na madrugada de domingo (19), em Campo Grande, afirmou para a polícia que uma cafetina ordenou o crime. A vítima, que teve 90% do corpo queimado, está internada em estado gravíssimo na Santa Casa e corre risco de morte.

O crime aconteceu após desentendimento em uma boate na noite anterior. Outras duas transexuais, conhecidas como Baby e Yara, foram até a casa de Pamela Myrela e jogaram coquetel molotov na vítima. Depois, atearam fogo. O quarto do imóvel foi atingido, mas vizinho conseguiu controlar as chamas e retirar a vítima da casa.

Ainda consciente, à espera de socorro, Pamela contou para a polícia sobre o desentendimento na boate. Mas, também revelou que Baby e Yara tinham uma cafetina e esta teria ordenado o crime. Pamela ainda relatou que já teve desentendimento anterior com a cafetina.

Baby e Yara foram localizadas e presas em um pensionato no Bairro Amambaí, na Capital. A dona da pensão foi ouvida pela polícia, confirmou que teve desentendimento com Pamela há cerca de seis anos, mas negou qualquer envolvimento com o crime. A mulher disse que Baby e Yara chegaram à pensão já informando que atearam fogo em Pamela.

A mulher ainda disse que as travestis da cidade fazem referência a ela como cafetina, mas ela nega. Apenas diz ser proprietária de um pensionato.

Última atualização do quadro de saúde informada pela Santa Casa aponta que Pamela segue em estado gravíssimo e com risco de morte. A trans é de Goiás, viajou até Campo Grande para visitar amigos há cerca de oito anos, se encantou pela cidade e resolveu ficar.

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