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Capital

Mulheres negam furto de carro e dizem que só estavam "dando uma volta"

As duas disseram que um homem chegou com veículo e, depois, pediu que elas comprassem bebidas para eles

Silvia Frias | 22/03/2023 10:43



As duas mulheres de 28 e 19 anos, presas com Ônix furtado de casa no Conjunto Residencial Mata do Jacinto, foram indiciadas por receptação. Em depoimento à Polícia Civil, elas negaram que tivessem participado do crime, quando o portão da casa foi arrombado para retirada do veículo, na madrugada de terça-feira (21).

Imagens do circuito de segurança mostram o momento em que o carro é levado da casa. De ré, o condutor força o portão e chega a ficar com o veículo “içado”, até que consegue sair e levar o Ônix branco.

Com base nos dados da seguradora, que rastreou o veículo, foi possível ver que o carro percorreu ruas do Aero Rancho, Guanandi 2, Parati e Jardim Nhanhá.

Mulheres negam furto de carro e dizem que só estavam "dando uma volta"
Carro danificado durante roubo, ontem à noite. (Foto/Direto das Ruas)

O carro foi encontrado em um posto de combustíveis no trevo Imbirussu. Estava sendo conduzido pela mulher de 19 anos, que estava acompanhada da tia, de 28 anos, uma adolescente de 17 anos e outros dois adolescentes, de 16 e 13 anos.

Em depoimento prestado na Depac/Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), as duas mulheres apresentaram a mesma versão. Disseram que estavam na frente da casa da jovem de 19 anos, no Jardim Noroeste, na madrugada de ontem, quando homem se aproximou no Ônix branco, perguntando se a mais nova era garota de programa.

A moça negou que fizesse programa, e os dois começaram a conversar. Ele saiu do carro com duas cervejas e ficou com as duas na rua. Depois, quando a bebida acabou, pediu que elas usassem o veículo para ir a uma conveniência comprar mais, enquanto ele aguardava no local.

O carro passou a ser conduzido pela jovem de 19 anos, que passou perto de bar, por volta das 3h, e encontrou o primo de 16 anos, que bebia com amigo, de 13 anos. Convidou os garotos para dar umas voltas pela cidade.

O grupo percorreu ruas de vários bairros, até que parou no posto de combustíveis e foi abordado pela PM (Polícia Militar), que procurava pelo carro.

A versão do encontro com as duas mulheres também foi dada pelos adolescentes. Um deles disse que perguntou para a prima se o veículo tinha sido roubado, já que estava com o vidro do para-brisas quebrado, o que foi negado por ela.

O delegado Felipe de Oliveira Paiva indiciou as mulheres por receptação, crime com pena inferior a 4 anos de sentença, o que permite arbitrar fiança nessa fase da apuração. Paiva determinou pagamento de um salário mínimo, por pessoa, valor de R$ 1.032.

Como as mulheres não pagaram a fiança, por falta de condições financeiras, permaneceram presas e foram levadas para audiência de custódia.

Para o juiz, a mulher de 28 anos repetiu a versão contada à Polícia Civil, enquanto a jovem de 19 anos permaneceu em silêncio.

A Justiça dispensou pagamento da fiança e concedeu liberdade provisória para as duas mulheres, sendo obrigadas a comparecer a todas as audiências relativas ao inquérito.

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