ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, SEGUNDA  22    CAMPO GRANDE 31º

Capital

No Camelódromo, brinquedo “seguro” é a última preocupação dos pais

No feriado, véspera do Dia das Crianças, famílias ocupam corredores e lojas, mas busca do brinquedo seguro tem poucas regras

Izabela Sanchez e Fernanda Palheta | 11/10/2019 12:22
Mãe com bebê em loja do camelódromo nesta sexta-feira (11) (Foto: Henrique Kawaminami)
Mãe com bebê em loja do camelódromo nesta sexta-feira (11) (Foto: Henrique Kawaminami)

O Camelódromo de Campo Grande está lotado nesta sexta-feira (11), feriado estadual e véspera de feriado nacional, dia de Nossa Senhora Aparecida e, também, Dia das Crianças. É a busca de brinquedos para presentear as crianças, que acompanham os pais e acabam, elas mesmas, escolhendo o que vão ganhar. Nessa procura, ainda assim, brinquedos “seguros” são a última preocupação dos pais.

Todo brinquedo comercializado no Brasil deve ter certificação de qualidade e segurança, emitido pelo Inmetro, para todas as crianças até 14 anos. As regras existem porque há perigos que passam, às vezes, despercebidos, como a qualidade do material, por exemplo.

No Camelódromo, a segurança só existe para os pais de bebês e crianças pequenas e ao comprar brinquedos com peças pequenas, que podem ser engolidas. A funcionária doméstica Cleonice Vieira da Silva, 45, foi em busca de presentes para os netos e afilhados, crianças de 3 a 12 anos.

Cleonice Vieira, funcionária doméstica (Foto: Henrique Kawaminami)
Cleonice Vieira, funcionária doméstica (Foto: Henrique Kawaminami)

“Estou procurando bonecas e bolas para os meninos, não interfere esse tipo de brinquedo”, disse.
A funcionária pública Fabiana Alves, 38, afirmou que se preocupa de acordo com o brinquedo. “Minha preocupação depende do brinquedo. Se são pequenos, com peças, procuro produtos com selos, mas os eletrônicos não vejo tanto problema”, avaliou. “Vim comprar pros meus filhos”, completou ela que leva nesta sexta-feira um tipo de arma de brinquedo “muito em alta” entre as crianças.

“Esse não tem o selo do Inmetro, não sinto tanta diferente, a maioria dos produtos são importados da China, mesmo que comprasse pela internet não teria selo”, disse.

Segundo a Lei nº 9437, que instituiu o Sistema Nacional de Armas, é proibida a fabricação, venda, comercialização ou importação de brinquedos que se constituem em réplicas ou similares de armas de fogo, mas a venda desses “brinquedos” é comum até em lojas de luxo no Brasil.

Para ser certificado, um produto é avaliado de acordo com o tipo de brinque e composição dos materiais utilizados. Entre as avaliações, está a de impacto/queda (verifica o possível surgimento de partes pequenas e/ou cortantes, pontas agudas ou algum mecanismo interno acessível à criança); mordida (descobrir se o brinquedo pode gerar partes pequenas, pontas perigosas ou partes cortantes quando arrancadas pela boca); tração (verifica a possibilidade do surgimento de ponta perigosa e do risco da criança cair sobre esta ponta) e químico (analisa a presença de, dentre outros elementos, metais pesados nocivos à saúde).

Brinquedo sem selo do Inmetro (Foto: Henrique Kawaminami)
Brinquedo sem selo do Inmetro (Foto: Henrique Kawaminami)
Brinquedos expostos no camelódromo (Foto: Henrique Kawaminami)
Brinquedos expostos no camelódromo (Foto: Henrique Kawaminami)

A professora Paula Correia, 38, foi ao camelódromo em busca de brinquedos para os filhos de 4 e 8 anos. “Depende muito se a criança é pequena ou se o brinquedo solta peças. Comprei um patinete, acredito que não vai ter perigo maior por não ter selo, o perigo do patinete em si é o mesmo. Pode sair uma roda de um brinquedo que comprei em uma loja”, defendeu. O patinete é para o filho de 4.

Já para o filho de 8 anos ela pretende comprar o famoso “beyblade”. Como este tem peças pequenas, ela pretende adquirir com selo do Inmetro.

Danielle Pacini, 49, é consultora de vendas. No local ela foi comprar brinquedos para os filhos e netos: oito crianças. “Sempre vou ao camelódromo, por causa de valores, compro lembrancinhas, porque tudo é caro. Carrinhos etc não tem tanto perigo. Depende do brinquedo e idade da criança. Comprei um fone pra minha filha de 10 anos sem selo do Inmetro”, comentou.

Nos siga no Google Notícias