No Dia do Motociclista, "morte" pede que condutores "escolham vida"

Comemorado nesta quinta-feira (27), o Dia do Motociclista levou servidores de órgãos ligados ao trânsito para um semáforo da Avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande, com o objetivo de conscientizar os pilotos quanto aos cuidados necessários para manter a segurança de todos.

Trabalhando como gestora de educação do Detran/MS (Departamento de Trânsito do Mato Grosso do Sul) há 17 anos, Andrea Moringo foi vestida de anjo para chamar atenção dos motoristas abordados, buscando simbolizar a paz no trânsito em todos os sentidos.

“Essa ação é justamente para comemorar o Dia do Motociclista e está sendo feito em parceria com a GCM (Guarda Civil Metropolitana), Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Detran e o Cetran-MS (Conselho Estadual de Trânsito). Essas abordagens não têm o intuito de multa ou penalização, apenas de conscientização e parabenização”, destacou.

Além de brindes, os motociclistas receberam orientação para manter os itens de segurança das motos sempre em dia. “Não adianta só comprar a moto e sair pilotando por aí. Os heróis estão aqui para dizer aos motociclistas que não temos superpoderes. Por isso o cuidado na hora de pilotar. Pois, em um deslize, eles podem se machucar e também ferir os outros”, disse.

Quem também participou da ação foi a subcomandante do Batalhão de Trânsito, major Gabriella Fernandes, que destacou a triste estatística de mortes ocorridas no trânsito na Capital, envolvendo motociclistas.

“Este ano, tivemos 25 mortes de motociclistas, que morreram no local ou posteriormente ao acidente. Os motociclistas são a maior parte das vítimas dos acidentes fatais, por conta da sua vulnerabilidade. Depois dos pedestres, eles são os mais vulneráveis, porque o corpo deles absorve todo o impacto da batida. Estamos aqui hoje para educar esse condutor, apontando as principais causas de acidente, como a falta de atenção e o não respeito à sinalização. Uma conscientização sobre as próprias escolhas que eles podem fazer para não se lesionar e não lesionar terceiros”, contou.

Enquanto a reportagem acompanhava a ação, um motociclista foi flagrado com o celular dentro do capacete e sem viseira. Ele foi abordado, mas não recebeu multa, uma vez que o intuito era conscientizar.

“Tem sido cada vez mais comum os motociclistas usarem o celular pilotando, ainda mais agora com os motoentregadores, acaba se tornando algo cultural. O motociclista pilota uma vez, vê que não aconteceu nada e torna o hábito comum, até que um dia se acidenta. Temos atendido varias ocorrências em que o motociclista causa o próprio acidente, batendo em carros parados, postes. Eles mesmos causam os sinistros”, pontuou.

Quanto à CNH (Carteira Nacional de Habilitação), a militar frisou a importância do documento, não só por ele ser obrigatório, mas por ensinar como se portar corretamente no trânsito. “A CNH não é só um documento obrigatório, também serve para ter conhecimento técnico e saber se o condutor tem condições psicológicas e de saúde para conduzir o veículo, e o mínimo de conhecimento sobre as legislações de trânsito”, finalizou.

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