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Capital

No topo dos acidentes, motociclistas têm aulas para sobreviver no trânsito

Aline dos Santos | 17/05/2014 10:58
Funcionários de empresas receberam dicas de pilotagem.  (Foto: Marcelo Victor)
Funcionários de empresas receberam dicas de pilotagem. (Foto: Marcelo Victor)

Na liderança dos acidentes, motociclistas receberam dicas para não ser a próxima vítima no trânsito de Campo Grande. As aulas, teóricas e práticas, foram nos altos da Avenida Afonso Pena. Na manhã deste sábado, uma equipe também fez verificação de 21 itens, como buzina, luzes e pneus. A ação integra o Maio Amarelo, campanha para redução de acidentes.

Para quem enfrenta o trânsito sobre duas rodas, o instrutor Jean Bezerra de Souza alerta que são necessários cuidados da cabeça aos pés. Ou seja, a postura é fundamental para a segurança do motociclista.

“A cabeça sempre voltada para frente. Não pode pilotar olhando para a roda. Você tem que olhar lá na frente para prever o que pode acontecer. Desta forma, terá uma reação mais rápida e eficaz”, afirma. A cabeça também deve ser protegida por capacete com a jugular presa e viseira fechada.

De acordo com o instrutor, os ombros devem ficar relaxados, recurso para evitar a fadiga, e a mãos fechadas. Ele salienta que é errado ficar com um ou dois dedos no freio, pois, num susto, a reação automática é contrair o corpo, fechando as mãos. O detalhe é que elas devem ser protegidas por luvas, cuidado dispensado pela maioria dos motociclistas urbanos.

Já o tronco deve ficar o mais próximo possível do tanque e os joelhos o pressionando levemente. “E os pés sempre na pedaleira. Nada de colocar os pés para baixo”, afirma. Segundo Jean de Souza, há casos em que o membro é decepado ao bater nas calçadas.

Para uma frenagem de emergência, quando o motociclista é surpreendido por um carro saindo da garagem, por exemplo, o método mais eficaz é desacelerar, acionar o freio dianteiro e depois o traseiro. “Mas o acionamento dos freios têm que ser gradual, para não travar a roda”, explica.

Em quatro dias, o curso de técnicas de pilotagem foi repassado para 300 alunos, incluindo guardas municipais, bombeiros e funcionários de empresas. Há seis anos passando o dia sobre duas rodas, Júnior Camargo, 26, conta que nunca sofreu acidente. “Uso o que aprendi em outro curso de direção defensiva. Mas existe uma disputa de espaço com os carros”, diz.

De janeiro até abril, morreram 36 pessoas nas ruas de Campo Grande. No primeiro quadrimestre do ano passado, foram 34 óbitos. Em 2013, das 116 mortes no trânsito da Capital, 70 foram de motociclistas.

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