Obra de R$ 77,6 milhões vai facilitar acesso na região norte da Capital
Contrários, por prever prejuizos nas vendas, comerciantes ameaçam recorrer a Justiça para impedir a obra

Obra estimada em R$ 77,6 milhões para implementar na região norte de Campo Grande o corredor exclusivo para o transporte coletivo, provocou, hoje a noite, reação contrária de comerciantes da Rua Bahia, que ameaçam recorrer a Justiça para impedir seu andamento. Para a Prefeitura, a obra visa dar mais modernidade ao trânsito da cidade, privilegiando os ônibus e quem o usa, reduzindo o tempo entre ir e vir de um lugar para outro.
Na área norte, várias ruas estão inclusas no projeto, como a Bahia, Coronel Antonino, Alegrete e 25 de Dezembro, além das avenidas Mato Grosso e Cônsul Assaf Trad. Dois terminais - General Osório e e Nova Bahia - fazem parte do completo viário.
Ali, passará a maior parte dos ônibus que levam à população campo-grandense para importantes bairros da cidade, como Nova Lima, Mata do Jacinto, Monte castelo, Talismã, entre outros tantos de umas das regiões mais populosas da cidade.
A criação do corredor na região faz parte da estratégia da prefeitura de Campo Grande para diversificação do transporte, dando mais qualidade e redução de tempo de viagem aos que optam pelos ônibus urbanos coletivos, em todas as regiões da cidade.
O Centro de Campo Grande será, literalmente, o centro logístico dessa operação, sendo que está programada para esse pedaço da cidade toda logística de integração, além dos sete terminais de transbordo e dois pontos - Hercules Maymone e Moreninhas.
Na rua Bahia, por exemplo, 1,2 km passa por obras de microdrenagem e 1,75 km de pista por obras de recapeamento. O local vai receber quatro estações de pré-embarque e reforço na sinalização, com semáforos inteligentes. A ideia é reduzir em 20% o tempo de viagem.
Mais corredores - Todas as regiões serão contempladas com corredores e o trecho de uma delas, na avenida Marechal Deodoro, no corredor sudoeste, deve passar por obras de recapeamento em breve. Ali, o investimento previsto é de R$ 11 milhões apenas nessa benfeitoria. Os trabalhos devem começar em 30 dias e envolvem 5,5 km de pistas.
Apesar dos benefícios apontados pela Prefeitura, alguns comerciantes reclamam e afirmam que as obras trarão prejuízos aos seus empreendimentos. Nesta terça-feira (29), um grupo se reuniu para discutir a situação.
Durante o debate, cerca de 15 integrantes do movimento decidiram que vão mover ação judicial para tentar impedir o trabalho na rua Bahia e na avenida Coronel Antonino. Os comerciantes ainda não sabem o caminho para recorrer à Justiça.
Recentemente, grupo de comerciantes da região também se reuniu com técnicos da prefeitura para discutir as obras na região, sendo que as reivindicações de cada um deles foi devidamente ouvida e adequações no projeto foram prometidas.