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Capital

Obras quase prontas estão paradas porque prefeitura quer nova licitação

Jéssica Benitez | 05/07/2013 08:10
Secretário diz que muro dificulta atendimento em UPA (Cleber Gellio)
Secretário diz que muro dificulta atendimento em UPA (Cleber Gellio)

Das mais de 50 obras e serviços que foram deixados em andamento pela administração anterior em Campo Grande, seis estão suspensas sem previsão de retomada, aguardando novo processo de licitação na gestão do prefeito Alcides Bernal (PP). Duas estão com mais da metade da construção finalizada, mesmo assim pararam.

A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) das Moreninhas, por exemplo, está praticamente pronta. Mas, segundo o secretário Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação (Seinthra), Semy Ferraz, o projeto apresentou alguns problemas havendo necessidade de alteração, com acréscimo de investimento e, portanto, nova licitação.

“O projeto inicial não integrava a UPA ao hospital da mulher que fica ao lado da obra. Havia um muro dividindo o espaço e isso criava dificuldade de atendimento. Tivemos que refazer o projeto, o prefeito autorizou e vamos licitar de novo”, explicou.

A UBSF (Unidade Básica da Saúde da Família) do bairro Arnaldo Estevão de Figueiredo enfrenta outro tipo de empecilho. Lá os moradores não aceitaram o local escolhido para construir a unidade que era em uma pracinha da região. Desta forma, a prefeitura está em busca de outro lugar para então reformular o projeto e promover processo de licitação novamente.

A obra do Cristo Redentor, nas proximidades do Itamaracá, passa pelo mesmo impasse. O projeto também tem problema de localização. Segundo Semy a UBSF seria construída em cima de um lixão. “Estamos procurando outro espaço e teremos que licitar de novo”, disse.

No caso de nova escola no bairro Paulo Coelho Machado a “culpa” pela estagnação da obra seria da empresa Homex que construiu um condomínio no bairro sob a condição de também erguer um centro educacional com recursos próprios. (Foto: Cleber Gellio)
No caso de nova escola no bairro Paulo Coelho Machado a “culpa” pela estagnação da obra seria da empresa Homex que construiu um condomínio no bairro sob a condição de também erguer um centro educacional com recursos próprios. (Foto: Cleber Gellio)

Outros entraves – No caso de nova escola no bairro Paulo Coelho Machado a “culpa” pela estagnação da obra seria da empresa Homex que construiu um condomínio no bairro sob a condição de também erguer um centro educacional com recursos próprios.

“Ocorre que a empresa desistiu e saiu de Campo Grande deixando a escola pela metade. Dos R$ 4,7 milhões que deveriam ser investidos, a Homex pagou somente R$ 2,3 milhões”, contou o secretário. Agora a prefeitura pleiteia com a Semed (Secretaria Municipal de Educação) R$ 2,4 milhões para finalizar a obra.

Parada desde outubro de 2011, a UPA Parati foi retomada na semana passada. Semy explicou que o problema na construção foi na fundação que inicialmente era moldada em loco (quando faz a fundação e coloca o concreto em cima), mas o solo do terreno era ruim.

“Aí tiveram que colocar uma fundação com estacas que é mais cara. A empreiteira ficou sem receber por um tempo porque a verba precisava ser reprograma na Caixa Econômica Federal, mas a empresa não quis esperar e abandonou a obra. Retomamos agora e até março de 2014 vamos concluir”, finalizou.

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