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Capital

Operação contra fraude em licitações interdita fornecedora de alimentos

Durante a vistoria na empresa, localizada em Campo Grande, foram encontrados alimentos vencidos

Por Gabriel de Matos | 18/02/2025 21:27
Operação contra fraude em licitações interdita fornecedora de alimentos
Câmara frigorífica que foi interditada em Campo Grande (Foto: Divulgação/MPMS)

A Vigilância Sanitária interditou uma câmara frigorífica de uma empresa fornecedora de alimentos a prefeituras do interior. A ação ocorreu durante a "Operação Malebolge", deflagrada nesta terça-feira (18) pelo MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul).

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A Vigilância Sanitária interditou uma câmara frigorífica de uma empresa fornecedora de alimentos a prefeituras, durante a "Operação Malebolge" do MPMS. A ação visava combater crimes contra a Administração Pública, com 11 prisões e 39 mandados de busca em Água Clara, Campo Grande, Rochedo e Terenos. Alimentos vencidos foram encontrados e a empresa foi autuada. O esquema envolvia fraudes em licitações e pagamento de propinas, com contratos acima de R$ 10 milhões. A operação teve apoio da Polícia Militar e o nome "Malebolge" refere-se a corruptos na "Divina Comédia" de Dante.

O objetivo foi cumprir 11 mandados de prisão preventiva e 39 mandados de busca e apreensão nos municípios de Água Clara, Campo Grande, Rochedo e Terenos. Durante a vistoria na empresa, localizada em Campo Grande, foram encontrados alimentos vencidos, com indícios de estarem impróprios para consumo. A Vigilância Sanitária autuou a empresa e determinou sua interdição. Também houve apreensão de R$ 9 mil com um dos alvos da operação.

O MPMS apura a existência de uma organização criminosa voltada à prática de crimes contra a Administração Pública, instalada em Água Clara e Rochedo. Os investigados atuavam com um mesmo modus operandi, com ligação na pessoa de um empresário que articulava o esquema. O grupo utilizava servidores públicos para fraudar licitações, direcionando os certames para beneficiar empresas envolvidas. Os contratos investigados ultrapassam R$ 10 milhões.

O esquema envolvia o pagamento de propina a agentes públicos, que atestavam falsamente o recebimento de produtos e serviços e aceleravam pagamentos de notas fiscais. A operação contou com apoio do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), ambos da Polícia Militar. O nome "Malebolge" faz referência à obra "Divina Comédia" de Dante Alighieri, na qual fraudadores e corruptos são punidos no inferno.

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