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Capital

Operação contra "sistema sofisticado" de tráfico apreende 130 gramas de maconha

Motorista de ônibus disse que a droga era para consumo próprio

Por Ana Paula Chuva | 31/10/2023 14:35
Maconha apreendida durante cumprimento de mandados nesta terça-feira (Foto: Gaeco/Divulgação)
Maconha apreendida durante cumprimento de mandados nesta terça-feira (Foto: Gaeco/Divulgação)

Operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), para combater esquema sofisticado de tráfico internacional de drogas, apreendeu 138 gramas de maconha com um motorista do transporte coletivo, de 40 anos.

A droga foi encontrada em uma gaveta na casa do profissional, no Jardim Los Angeles, em Campo Grande, na manhã desta terça-feira (31).

A ação foi deflagrada nesta manhã e cumpriu 30 mandados de busca e apreensão e mais 33 de prisão preventiva em Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná e São Paulo, tendo como alvos endereços que serviam como entrepostos de drogas.

Em Campo Grande, a operação cumpriu ao menos um mandado de busca e apreensão na casa do motorista que também foi alvo de ordem de  prisão. No endereço onde o homem mora foram encontrados 138 gramas de maconha. A droga estava dividida em sete porções e embalada com iniciais de letras “indicando que seria para a comercialização”, segundo o boletim de ocorrência.

O motorista foi levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol e em depoimento afirmou que faz uso de maconha. Sobre o envolvido em quadrilha especializada no tráfico de drogas, ele optou por permanecer em silêncio e afirmou que se manifestaria apenas em juízo. Ele aguarda para passar por audiência de custódia.

Entrepostos - Segundo o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), a investigação aponta que uma quadrilha utilizava logística sofisticada para transportar drogas da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai a outros estados.

A logística do grupo criminoso consiste em: adquirir drogas na região de fronteira; transportar até Campo Grande ou áreas rurais da região; e manter essas cargas em galpões/barracões e residências. Depois, os criminosos utilizam transportadoras de fachada para contratar frete de cargas lícitas, onde as drogas são ocultadas e assim feito o transporte definitivo para outros estados.

Ainda, segundo a investigação que durou aproximadamente 18 meses, proprietários de transportadoras de cargas viabilizavam que os criminosos sempre contratassem o frete de cargas lícitas, tais como grãos e madeiras, que serviam para dificultar que a polícia descobrisse em eventual fiscalização nas estradas.

As diligências contam com apoio do Batalhão de Choque, Bope (Batalhão de Operações Especiais) e Força Tática, todos da Polícia Militar, além da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).

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