Operação tapa buraco para e prefeitura pode usar cascalho para “aliviar”
Com o fim da ajuda da Águas Guariroba, a Prefeitura de Campo Grande ainda não sabe como acabar com os buracos nas ruas e avenidas da cidade. Sem dinheiro, o município vai usar uma espécie de cascalho para aliviar a situação para os motoristas. A outra alternativa, que é retomar os contratos com as empresas, depende do aval da Procuradoria Geral do Município e do MPE (Ministério Público Estadual).
Segundo o secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, Amilton Cândido de Oliveira, os contratos existentes estão defasados e as empreiteiras estão sem receber pelos serviços executados. No entanto, além de pagar as dívidas antigas, o município precisa encontrar dinheiro para pagar pelos novos serviços.
No entanto, a liberação do dinheiro depende de aval do procurador-geral do município, Denir de Souza Nantes, já que o prefeito Alcides Bernal (PP) decretou moratória por 90 dias. O recurso disponível até o momento, de R$ 1,5 milhão, não será suficiente para cobrir toda a cidade.
A principal alternativa é reativar os contratos existentes, sem nova licitação. No entanto, por causa da denúncia de “buracos fantasmas”, o MPE investiga o serviço e o prefeito quer o aval da promotoria para retomar os contratos.
A única certeza é que o serviço com a Proteco, do empresário João Amorim, está cancelado em decorrência da recomendação do MPE. A empresa é investigada pela Operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal.
Oliveira admite que outro problema é a defasagem no preço pago pelo serviço. “Ainda temos que realinhar alguns preços, porque os preços que vínhamos praticando no tapa buraco é de 2012, 2013, 2014, o preço está defasado”, explicou. “Praticamente impossível os empresários fazerem tapa buraco com esse valor”, admitiu.
Inicialmente, é praticamente certo que o município vai usar pedra britada para tampar os buracos. “Tem uma alternativa paliativa, que também ajuda”, esclareceu. Ele explicou que a medida pelo menos alivia para os condutores. “Você não cai no buraco”, destacou.