Pacote de R$ 169 milhões prevê avanço de obras no Rio Anhanduí e asfalto
Parceria com o governo estadual vai viabilizar conclusão de dois lotes de obras no Rio Anhanduí e frentes de pavimentação; corredores de ônibus estão incluídos
Convênio entre Prefeitura de Campo Grande e Governo de Mato Grosso do Sul viabilizou um pacote de obras de R$ 169 milhões que será iniciado ainda no primeiro semestre deste ano e deverá, conforme o prefeito Marquinhos Trad (PSD), ajudar no planejamento urbano da cidade nos próximos “20 ou 30 anos”. Pelo acordo, a administração do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) aportará R$ 15 milhões para pagamento de contrapartidas e reajuste de contratos em obras já em andamento.
O acordo foi lançado na manhã desta quarta-feira (20) na Esplanada Ferroviária e prevê a implantação de 40 quilômetros de pavimentação, 25 de drenagem e recapeamentos e intervenções em diferentes vias, acabando com alguns problemas crônicos na cidade. É o caso da Avenida Cônsul Assaf Trad, que ganhará uma travessia de drenagem que promete acabar com os alagamentos na região do Terminal Nova Bahia, no Novos Estados.
“Estamos fazendo uma administração pensando no futuro, com planejamento para daqui 20, 30 anos. E, para que haja melhoria na qualidade de vida das pessoas, é preciso realizar ações no presente, pensando lá na frente”, afirmou Marquinhos durante o ato de assinatura do convênio, ressaltando ainda que, sem a ajuda do Estado, não haveria condições de iniciar as obras.
Em 2017, foi apresentado o primeiro pacote do Juntos por Campo Grande, com o Estado também participando de contrapartidas de obras públicas e executando alguns dos serviços pela cidade.
“Esta é a segunda assinatura do programa ‘Juntos por Campo Grande’, o qual prevê obras emblemáticas que vão melhorar muito a vida das famílias que aqui vivem”, destacou Reinaldo. “Bairros que hoje só têm ruas de terra, terão asfalto novo e drenagem. Em avenidas e ruas importantes, o asfalto envelheceu. Vamos revitalizar, recuperar e recapear”, prosseguiu, destacando a parceria com o município.
Rio Anhanduí – Dos R$ 15 milhões destinados pelo Estado à prefeitura, R$ 2,295 milhões serão usados na quitação de contrapartidas nas obras de revitalização do Rio Anhanduí, entre a Rua Santa Adélia e do Aquário –atravessando as regiões do Marcos Roberto e Jardim Nhanhá e do Taquarussu e Jacy.
Além desse montante, serão aplicados R$ 36,3 milhões que permitirão a conclusão de dois dos três lotes da obra: o primeiro, da Santa Adélia à Rua da Abolição, no Taquarussu; e o terceiro, da Rua Bonsucesso à do Aquário. O segundo trecho, entre a Bonsucesso e a Abolição, será terminado em 2020.
PAC Pavimentação – A maior parte dos recursos do convênio, na ordem de R$ 9,658 milhões, será usada para a conclusão de 12 frentes de pavimentação pela cidade e iniciar outras quatro: Vila Nasser (Etapa A), Jardim Belinatti (região do Panamá), Jardim Anache e Complexo José Tavares do Couto –as duas últimas na região do Nova Lima, onde foram iniciadas ações que se estenderam pela Cônsul Assaf Trad, Avenida Zulmira Borba e Rua Jerônimo de Albuquerque.
Dentre a continuidade das obras, o Complexo Atlântico Sul (Etapas A, B, C e D) abrange o recapeamento das Ruas Rio de Janeiro e Francisco José dos Santos, no Estrela do Sul; a travessia de drenagem da Cônsul Assaf Trad na região do Terminal Nova Bahia e pavimentação da rua lateral na região do “corredor” do Nova Lima, bem como o recapeamento da Avenida até a região da Rua Coxim (Coronel Antonino).
O Complexo Mata do Jacinto vai avanças nas etapas A, D e E. Na primeira, também serão incluídas obras para controle da erosão que, há anos, atinge o Parque do Sóter.
Também foram confirmadas as continuidades das obras nos Complexos Seminário (A, B e C) e Altos do São Francisco. Nestas regiões, serão recapeadas as Avenidas Tamandaré (a partir do cruzamento com a Avenida Julio de Castilho) e Euler de Azevedo e das Ruas Tenente Lira e do Seminário.
A Rua Marechal Câmara, que integra o projeto A do Seminário, será concluída, garantindo um novo acesso à região da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco).
PAC Mobilidade – O conjunto de ações inclui, ainda, R$ 15,9 milhões para o PAC Mobilidade Urbana, sendo R$ 12,855 milhões via financiamento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e R$ 3,045 milhões do convênio com o governo estadual.
Com os recursos, será possível dar continuidade às obras do corredor sudoeste de transporte coletivo e do corredor norte. No primeiro caso, está prevista a licitação do recapeamento da Avenida Bandeirantes, com custo estimado em R$ 8,1 milhões. A obra, que inclui um pavimento especial para a circulação do transporte coletivo, vai se integrar aos investimentos já realizados nas Ruas Guia Lopes e Brilhante, e que envolve ainda a Avenida Marechal Deodoro.
O corredor norte, por sua vez, levará investimento semelhante à Rua Bahia, da Avenida Afonso Pena ao Terminal General Osório. O projeto total inclui a Avenida Cônsul Assaf Trad em sua extensão até o Terminal Nova Bahia. Os corredores das Avenidas Calógeras (Mato Grosso a Eduardo Elias Zahran) e Gury Marques (Senador Antônio Mendes Canale ao Terminal Guaicurus) também devem ser contemplados.