Pai e esposa são os primeiros a depor na Justiça sobre morte de Erlon
O pai e a esposa do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, assassinado brutalmente no início de abril do ano passado, foram os primeiros a prestar depoimento, na tarde de hoje (21), na 6ª Vara Criminal de Campo Grande. Pela data coincidir com o aniversário do empresário, eles estavam ainda mais abalados.
Ao deixar a sala de audiência, o comerciante Lino Bernal, 58 anos, disse que falou sobre a última ligação que manteve com o filho, antes dele ser morto a tiro pela quadrilha para roubar-lhe o carro.
“Aumenta a saudade”, comentou Lino, sobre o aniversário do filho. Se tivesse vivo, Erlon completaria 34 anos nesta quarta-feira. A esposa deixou o prédio do Fórum sem falar com os jornalistas.
“O transtorno é maior”, lembrou o comerciante, sobre falar da última conversa telefônica com o filho. Ele conversou com Erlon poucas horas antes dele morrer e quando já estava em poder dos bandidos.
Ele destacou que espera o andamento rápido do processo. “A Justiça será feita”, destacou. Os principais questionamentos foram feitos pelo MPE (Ministério Público Estadual).
O crime – Erlon desapareceu no dia 1º de abril do ano passado, quando saiu parar mostrar o veículo, um Golf, para um suposto comprador. Ele foi rendido pelos bandidos e levado para uma casa no Bairro São Jorge da Lagoa, onde foi executado.
Foram indiciados pelo crime de latrocínio Thiago Henrique Ribeiro, 21, Rafael Diogo, o Tartaruga, 24, Jeferson dos Santos Souza, 22, e uma adolescente de 17 anos.
Eles foram denunciados pelo MPE e serão julgados pela 6ª Vara Criminal. A audiência de instrução e julgamento acontece nesta quarta-feira. Segundo o advogado da família, Oton Nasser, que acompanha o caso, a sentença pode ser proferida ainda hoje.