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Capital

Pai vai pedir a guarda de crianças esfaqueadas por ex-namorado da mãe

Ana Paula Carvalho | 15/08/2011 20:11
Menina de 11 anos mostra ferimentos feitos pelo ex-namorado da mãe. (Fotos: João Garrigó)
Menina de 11 anos mostra ferimentos feitos pelo ex-namorado da mãe. (Fotos: João Garrigó)
Menino de três anos levou quatro facadas.
Menino de três anos levou quatro facadas.

Rafael Olmos Ortiz Espíndola, 28 anos, pai das crianças que foram esfaqueadas pelo ex-namorado da mãe delas na madrugada do último domingo vai pedir a guardar dos filhos à Justiça.

Hoje, ele esteve com os filhos no SOS Criança e no Conselho Tutelar.

Quando se separou de Lucimar Barros Giroto, Rafael ficou com as crianças por pelo menos cinco meses, ele chegou a entrar com o pedido de guarda, mas elas voltaram a morar com a mãe.

Hoje, ele diz que vai procurar novamente a justiça para tentar ficar com os filhos. “Já estou vendo tudo aqui (Conselho Tutelar) para ver o que eu vou fazer, mas eu quero ficar com os meus filhos, não quero mais que eles fiquem naquela casa”, relata.

Rafael e Lucimar foram casados por nove anos e se separaram em 2009. Segundo o vendedor, as brigas, normais em qualquer relacionamento, contribuíram para o fim do casamento.

O caso - Por volta da 01h30 de domingo, Izaelso Júnior Soares de Moraes, de 26 anos, desligou o padrão de energia da casa onde as crianças moravam com a mãe e com a avó materna, na Vila Nhá-Nhá, e, como não achou Lucimar que estava escondida no banheiro, passou a agredir Dinorá Barros Giroto, 53 anos, com facadas, chutes e socos. Ela levou quatro facadas, uma no peito.

Neste momento a menina de 11 anos e o garoto de três dormiam sozinhos no quarto. O homem deu nove facadas na criança mais velha, que mesmo ferida, tentou impedir que ele agredisse o irmão e a avó. Ela desmaiou quando ele bateu com a cabeça dela em uma mureta.

“As minhas costas e o meu rosto, perto da orelha, ainda doem bastante”, relata a menina que diz não se lembrar muito do que aconteceu, porque estava dormindo quando tudo começou.

Izaelso ainda deu quatro facadas na criança de três anos. Uma pegou no braço e quatro nas costas.

Casa onde crianças moravam não tem segurança.
Casa onde crianças moravam não tem segurança.

As duas crianças foram encaminhadas ao posto de saúde do bairro Guanandi e depois à Santa Casa. As duas receberam alta ainda na manhã de domingo e estão na casa do pai.

Sem segurança - A casa de esquina que fica na rua Sabiá, na Vila Nhá-Nhá, não oferece nenhuma segurança a quem mora lá. A casa sem muro tem apenas uma porta sem vidro.

A menina que foi esfaqueada diz que enquanto não melhorar a segurança da casa, não quer voltar para lá. “Eu não quero voltar para lá, não. Tenho muito medo”, relata.

Avó materna - Dinorá Barros Giroto, de 53 anos continua internada na Santa Casa de Campo Grande.

Ela levou quatro facadas, uma delas no peito, chutes e socos. A mulher tentou defender os netos, mas acabou ficando inconsciente após o ex-genro bater com a cabeça dela na mureta. Ele fez o mesmo com a neta dela.

Dinorá deverá receber alta amanhã e, não vai voltar para a casa onde morava com a filha e com os netos. Izaelso continua foragido.

Medida cautelar - No dia 10 de agosto, Lucimar conseguiu na Justiça que o suspeito ficasse proibido de fazer contato ou ou se aproximar dela e de familiares. Ainda de acordo com a decisão, ele tinha que manter distância mínima de 300 metros.

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