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Capital

Para diminuir filas em postos, Prefeitura permite plantões adicionais de médicos

Decreto autoriza médicos a realizarem até 18 plantões de 12h cada, superando o limite anterior de 14 plantões

Por Mylena Fraiha | 05/06/2024 15:55
Médica da Rede Municipal de Saúde atende paciente da Capital (Foto: Divulgação)
Médica da Rede Municipal de Saúde atende paciente da Capital (Foto: Divulgação)

Em resposta ao aumento significativo nos casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), a Prefeitura de Campo Grande autorizou, de forma excepcional, a realização de plantões adicionais por médicos na Rede Municipal de Saúde. A autorização foi publicada ontem (4), na edição extra do Diogrande (Diário Oficial do Município).

Conforme justificado pela Prefeitura, a medida foi tomada para garantir a continuidade e qualidade dos serviços nas unidades de saúde diante da alta demanda de pacientes na Capital.

Dados do BI-Urgência apresentados pelo COE-SRAG (Centro de Operações de Emergência) mostram um aumento de aproximadamente 69% na média diária de atendimentos a adultos e 64% a crianças nas unidades de urgência e emergência, o que representa cerca de 2.200 e 660 pacientes a mais, respectivamente.

“A ampliação dos plantões tem como principal objetivo assegurar o bem-estar da população de Campo Grande, garantindo que todos os pacientes recebam atendimento adequado durante este período crítico”, explica a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo.

Como funcionará - O decreto permite que médicos realizem até 18 plantões de 12 horas cada, superando o limite anterior de 14 plantões. A medida visa atender à crescente demanda por atendimento nas unidades de saúde da cidade, especialmente nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRS (Centros Regionais de Saúde).

Conforme a publicação, os plantões extras serão autorizados somente em unidades que prestam serviços diretamente à população. Unidades específicas mencionadas no decreto incluem: CRS Aero Rancho; CRS Coophavilla II; CRS Nova Bahia; CRS Tiradentes; SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência); UPAs Coronel Antonino, Leblon, Moreninhas, Santa Mônica, Universitário, Vila Almeida e EMAC (Equipe Móvel de Atendimento em Crises).

Para casos em que o plantão ocorra em unidades diferentes das especificadas, será necessária comprovação documental de que o serviço foi efetivamente prestado em unidades que oferecem atendimento direto à população.

O decreto terá validade enquanto estiver em vigor o Decreto n. 15.922, de 30 de abril de 2024, que declarou situação de Emergência em Saúde Pública no município devido ao aumento de casos de SRAG, o que justifica a medida excepcional.

Lotação - Importante mencionar que, na tarde de ontem (4), vários pacientes da UPA Coronel Antonino alegaram que tiveram uma longa espera por atendimento médico. Algumas pessoas relataram que demoraram 7 horas para serem encaminhadas à consulta médica.

Entretanto, por meio de nota, a assessoria de comunicação da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que as reclamações "não procedem" e que os atendimentos eram realizados de acordo com a gravidade dos casos.

"A escala contou com seis médicos clínicos gerais e seis pediatras durante a manhã, sendo seis clínicos e cinco pediatras no período da tarde. Todos os pacientes estão sendo atendidos dentro do tempo estipulado de quatro horas, conforme a gravidade dos casos classificados como azul e verde", diz a assessoria de comunicação em nota.

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