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Capital

Para ex-comandante da PM, policial agiu com “despreparo e covardia”

Viviane Oliveira | 03/01/2017 12:11
Cápsulas das balas disparadas pelo PRF que matou empresário (Foto: Alcides Neto)
Cápsulas das balas disparadas pelo PRF que matou empresário (Foto: Alcides Neto)
Post que o coronel David postou em sua página no Facebook
Post que o coronel David postou em sua página no Facebook

“Tal conduta envergonha os policiais que arriscam suas vidas todos os dias em prol da sociedade”. Esta é uma das frases que o deputado estadual Carlos Alberto David dos Santos (PSC), o coronel David, usou no Facebook para comentar o caso do policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon, 47 anos, que no sábado (31) atirou sete vezes e matou com três tiros o empresário Adriano Correia do Nascimento, 33 anos, após briga no trânsito, na Avenida Ernesto Geisel, região central de Campo Grande.

Duas pessoas que estavam na caminhonete com a vítima ficaram feridas e foram socorridas à Santa Casa. "Despreparo! Covardia! Vergonha! Justiça já!!", abre a postagem de David, que é ex-comandante da PM.

Segundo a postagem, a conduta do policial foi lamentável e não representa em nenhum momento a instituição PRF (Polícia Rodoviária Federa).

David comandou a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul por mais de 5 anos. “Não há como qualificar de outra forma a conduta criminosa do policial rodoviário que matou uma pessoa e ainda feriu outras duas. Esse ato criminoso não condiz com o treinamento que o policial recebeu no curso de formação”, disse ele em relação aos termos que usou no Facebook.

Dentro da viatura da PM, coreano fala ao celular (Foto: Simão Nogueira)
Dentro da viatura da PM, coreano fala ao celular (Foto: Simão Nogueira)
Momento em que o Corpo de Bombeiros atendia às vítimas do policial rodoviário (Foto: Simão Nogueira)
Momento em que o Corpo de Bombeiros atendia às vítimas do policial rodoviário (Foto: Simão Nogueira)

Ele completa o texto fazendo uma critica à decisão da Justiça em conceder liberdade ao policial. “Apesar de se fundar em critérios jurídicos em vigência, causa perplexidade e desaponta a sociedade que anseia por Justiça e preferia ver o autor do crime na cadeia à espera de julgamento”.

Por telefone, o coronel David disse que sempre foi de apoiar a sua tropa, mas com rigor com quem que desrespeitasse a conduta militar. “A ação do policial não configurou legitima defesa, como alega, pois as vítimas não portavam armas e por nenhum momento desferiu contra ele qualquer tipo de agressão injusta”.

Após o crime, Ricardo foi preso em flagrante, mas foi solto na noite de domingo (1º), um dia depois do crime. A Justiça não converteu a prisão em preventiva. O policial é natural da Coréia do Sul e foi naturalizado brasileiro em 2010.

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