Parecido com farda policial, novo uniforme da Flexpark busca maior segurança
Novas fardas e rádio comunicadores estão sendo utilizados por supervisores recém-contratados.
Muita gente já deve ter reparado nos novos uniformes que alguns funcionários da Flexpark estão utilizando em Campo Grande. Confeccionadas exclusivamente para a empresa, as fardas lembram as usadas por policiais civis e militares e, juntamente com aparelhos de rádio comunicador, foram adquiridas para aumentar a segurança dos operadores e da população.
Com investimento de R$ 12 mil, as fardas foram produzidas em Campo Grande pela mesma fábrica que confecciona os uniformes das polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e Guarda Municipal. Cada uniforme, incluindo o coturno, teve custo de R$ 750. Todas possuem as bandeiras do Brasil, do Mato Grosso do Sul e de Campo Grande afixadas, a identificação do funcionário, tipo sanguínio e nome e telefone da empresa.
Os novos uniformes foram distribuídos, numa primeira etapa, para 16 recém-contratados supervisores da empresa. “Antes não haviam supervisores. Decidimos então criar a função e contratar os funcionários em fevereiro para melhorar a qualidade do serviço prestado à população”, explica o proprietário da Flexpark, Thiago Domingues Nogueira, 32.
“Optamos por desenhar uma farda para proporcionar mais segurança aos funcionários e aos próprios usuários. O uniforme, por suas características, impõe respeito e pode acabar inibindo a ação de bandidos. Além disso, reforça o papel dos operadores da empresa, que é de orientar, notificar e fiscalizar o trânsito”, afirma.
Segundo ele, a meta é que todos os 60 operadores estejam com novos uniformes ainda este ano, assim como os equipamentos de rádio, que custam, em média, R$ 125. A proposta é facilitar a comunicação entre os funcionários e não deixar nenhum ponto desassistido.
Atualmente, a Flexpark administra 2.050 vagas do estacionamento rotativo na Capital.
A repaginada no uniforme integra o investimento que a empresa realiza constantemente para aprimorar o serviço oferecido, o que inclui, segundo Thiago, a preparação dos funcionários.
“Nossos operadores frequentemente passam por capacitação para estarem aptos à orientar a população não somente no que diz respeito ao estacionamento rotativo, mas também sobre boas atitudes no trânsito, como uso correto de vagas para idosos e cadeirantes, vagas para motocicletas, enfim, respeito à legislação brasileira”, complementa.
Notificações – A substituição dos uniformes ocorre poucos dias depois de polêmica envolvendo os talões de notificação da empresa, que possuíam a logomarca da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e gerava dúvidas quanto a habilitação dos funcionários para aplicar multas.
“Decidimos substituir o talão para evitar dúvidas. Alteramos a cor do papel e retiramos a logomarca da Agetran", esclarece Thiago.
Porém, permanece a regra de que a notificação emitida por funcionário da empresa, só é convertida em multa pelos agentes de trânsito, guardas municipais e policiais militares credenciados. A notificação é para o condutor do veiculo que ocupa a vaga sem pagar os créditos"
“A notificação se refere a irregularidades como o não acionamento do parquímetro e estacionar em vaga não permitida como para idosos, deficientes e motocicletas. A notificação é um alerta, mas pode virar multa, caso não seja feito o cancelamento em 48 horas”, pontua.
Pelo decreto municipal n. 9.254, de 12 de maio de 2005, "o proprietário do veículo notificado pelo agente da concessionária por encontrar-se estacionado irregularmente em vaga da SER (Serviço de estacionamento Rotativo) poderá regularizar a situação desde que, no prazo de 48 horas, dirija-se à concessionária do setor de estacionamento ou no local onde a mesma indicar através de seus orientadores e adquirir o valor equivalente a 10 horas de estacionamento".