Pichações, lixo e usuários de droga mostram abandono da Praça do Papa
A Praça do Papa, como é conhecida a região onde o Papa João Paulo II celebrou uma missa campal em 1991, está abandonada pelo poder público. Além do lixo, o espaço está sofrendo com as pichações e famílias passaram a dividir o espaço com os usuários de drogas.
Ao visitar a praça pela primeira vez, a aposentada Satiko Izek, 58 anos, afirmou que estava muito triste com a situação de abandono, depredação e tomada pelo lixo.
Atrás das galeria de fotografias dos Papas da Igreja Católica, vândalos picharam símbolos dos grupos e frases, como “Chora Tatá”, “Salve” e “Feliz 2014”. A estátua do Papa João Paulo II, por enquanto, não foi alvo de ataque dos pichadores.
O espaço também conta com garrafas pets, latas de refrigerantes e cerveja, que podem ser focos do mosquito transmissor da dengue.
“É a cultura do povo brasileiro, que não dá atenção e não valoriza o patrimônio”, lamentou-se Satiko. Ela observou que a sujeira, pichações, depredações e destruição do patrimônio público tomam conta de toda a cidade.
Um policial militar de 27 anos, que não quis se identificar, contou que sempre leva a filha de cinco anos para andar de bicicleta na Praça do Papa. Ele disse que vários grupos de usuários se reúnem no local para consumir drogas e ingerir bebidas. Eles acabam se misturando a famílias e moradores da região que costumam usar o espaço de lazer. O policial suspeita que as pichações ocorrem durante a madrugada.
Para a professora Eloísa Iseki, 55, as pichações refletem a falta de segurança na cidade e o comportamento de parte dos adolescentes. Ela avalia que alguns não têm instrução na família e apresentam mau comportamento.