Pintor é condenado por assassinato, mas vai permanecer em liberdade
Cléberson Proença de Almeida foi sentenciado a 11 anos em regime fechado pelo crime que aconteceu em 2004
O pintor Cléberson Proença de Almeida foi condenado a 11 anos e quatro meses de prisão pela morte de Suelen Cristaldo e pela tentativa de homicídio contra o então namorado da vítima. O crime aconteceu em 3 de julho de 2004, após briga por motivo banal, e o acusado foi julgado nesta sexta-feira (3) e, apesar da sentença ser em regime fechado, ele vai permanecer em liberdade.
Nesses 19 anos, após o crime, o acusado fugiu para o Paraná, casou, teve filho, foi preso e solto e retornou a Mato Grosso do Sul para o júri realizado na 2ª Vara do Tribunal, em Campo Grande. Ele chegou a alegar que o tiro que matou a jovem foi acidental.
O processo chegou a ser suspenso em 2005 e o acusado foi encontrado apenas 14 anos depois, em Ponta Grossa (PR). Ele chegou a ficar preso por aproximadamente um ano e meio, sendo liberado para responder o processo em liberdade, inclusive, um primeiro júri chegou a ser marcado, mas a sessão foi cancelada e remarcada para esta sexta-feira.
A defesa de Cléberson chegou a pedir a absolvição por insuficiência de provas e por clemência, além de desclassificação do homicídio para crime de lesão corporal seguida de morte. No entanto, o Conselho de Sentença, por maioria de votos afastou apenas a qualificadora e condenado o pintor pela morte de Suelen a tentativa de homicídio contra a outra vítima.
Com isso, na sentença, assinada pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, o réu acabou condenado a 11 anos e quatro meses de prisão pelos dois crimes, sendo 2 anos e quatro meses pela tentativa de homicídio e 9 anos pelo assassinato, em regime fechado. No entanto, permanecerá em liberdade, segundo a decisão, já que se encontra assim desde o júri que foi desmarcado.
“Poderá continuar em liberdade, eis que assim se encontra desde o Júri anterior, em razão da decisão manifestamente contrária à prova dos autos feita pelos jurados, a qual precisou ser anulada pelo Tribunal de Justiça” diz a decisão.
Crime - Cleberson matou Suelen a tiros por não aceitar o fim do relacionamento e ainda vê-la com outro em uma lanchonete na Rua Pontalina, no Bairro Universitário, em Campo Grande. Ele foi até sua casa para pegar um revólver e retornou ao local, atirando quatro vezes contra o casal.
Um dos disparos atingiu Suelen nas costas. Ela morreu antes da chegada do socorro. O caso era investigado pela 4ª Delegacia de Polícia Civil, porém foi encaminhado para a DEH (Delegacia Especializada de Homicídios), que entrou em contato com a polícia de Ponta Grossa no Paraná, que conseguiu prender Cleberson.
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