Placa de 22 toneladas começa a dar forma para o Aquário do Pantanal
Com 70% da obra pronta e mantida a previsão de entrega em outubro, o Centro de Pesquisa e de Reabilitação da Ictiofauna Pantaneira, o Aquário do Pantanal, recebeu nesta sexta-feira a primeira placa de acrílico. O material vai dar forma a um aquário ornamental com 85 mil litros de água, que vai servir como “divisória” entre o auditório e a área de circulação.
A segunda placa será instalada amanhã. Vindas dos Estados Unidos, as duas placas chegaram a Campo Grande em janeiro deste ano, após vencer 67 dias de viagem. De acordo com o engenheiro da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) responsável pela fiscalização da obra, Domingos Sávio de Souza Marilba, as placas são instaladas somente agora porque a manobra não admite erros. “Não existem erros admissíveis. O processo é milimétrico”, afirma.
A primeira placa pesa 22 toneladas, tem 22 centímetros de espessuras e dimensões de 6,15 metros por 9,15 metros. A instalação é feita por funcionários da empresa americana Reynolds, especializada em acrílico para aquários. Antes de vir à Capital, eles estavam em Dubai, nos Emirados Árabes.
Conforme Domingos Sávio, a expectativa é que até julho cheguem as placas de acrílicos para os 25 tanques do Aquário do Pantanal. “É a peça fundamental”, diz. Com o acrílico, as caixas são montadas e podem receber os animais da ictiofauna.
Para o engenheiro, o maior desafio será o tanque do rio Paraguai, que terá 1,3 milhão de litros de água e vai formar um túnel. Orçado em R$ 100 milhões, o aquário tem tecnologia de diversos países. A estrutura metálica veio da Espanha; o forro e a cobertura de Portugal e a filtragem terá consultoria dos responsáveis pelo Aquário de Valência (Espanha).
“Não tem no Brasil obra semelhante. Só se compara com ela mesma. Em custo, funcionamento, todos os aspectos”, afirma Domingos Sávio.
Na parte de acrílicos, foram gastos U$ 5 milhões. Atualmente, a obra, executada nos altos da avenida Afonso Pena, em Campo Grande, tem 300 funcionários. A construção teve início em 2011. O projeto inclui biblioteca, laboratório, auditório, salas para exposição e praça de alimentação. Serão cerca de sete mil animais em exposição.