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Capital

Tropa de Choque impede paralisação da obra do Aquário do Pantanal

Aline dos Santos e Francisco Júnior | 28/04/2014 07:48
Polícia acompanhou mobilização de grevistas em frente à obra do governo. (Foto: Marcelo Victor)
Polícia acompanhou mobilização de grevistas em frente à obra do governo. (Foto: Marcelo Victor)

Tropa de Choque, cavalaria e viatura da PM (Polícia Militar) montam guarda, desde as 5h30, em frente à obra do Aquário do Pantanal, executada pelo governo do Estado. No local, o comando de greve da construção civil faz uma manifestação.

De acordo com o comandante do Batalhão de Choque, Marcos Paulo Gimenez, a segurança reforçada é para garantir que os trabalhadores entrem, normalmente, na obra. O Aquário é alvo de uma força-tarefa para que fique pronto até outubro, quando se comemora o aniversário de Mato Grosso do Sul. A obra fica localizada na avenida Afonso Pena, em Campo Grande. Orçado em R$ 100 milhões, o Aquário do Pantanal vai abrigar 24 tanques.

Com faixas da CUT (Central Única do Trabalhadores), Sintracon (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário) e Fetracon ((Federação dos Trabalhadores da Indústria de Construção, Mobiliário e Montagem), o comando de greve distribui panfletos e fala aos trabalhadores por meio de um carro de som.

"Chegamos às 6h da manhã. Queremos informar a situação. Até queriam paralisar, mas se sentiram coagidos com a presença da polícia”, afirma o sindicalista Marcos Ribeiro Gonçalves. No Aquário, são 110 trabalhadores.

A greve começou na quarta-feira, dia 23, e hoje à tarde terá nova rodada de negociação no TRT/MS (Tribunal Regional do Trabalho). O sindicato patronal ofereceu reajuste de 6,78%, proposta recusada pelos grevistas. Nesta segunda-feira, a greve segue com mobilizações no Aquário do Pantanal e em obras da Plaenge, Brookfield e MRV. “Nos outros locais, não deu polícia”, diz Marcos Gonçalves.

Ele destaca que houve paralisação em uma empresa que fornece o concreto, o que deve forçar a suspensão do trabalho nas obras espalhadas pela cidade. A greve da construção civil tem a adesão de 15 mil operários em Campo Grande, número que representa 50% dos funcionários que trabalham em 400 obras.

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