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Cidades

Greve na construção civil atinge 50% dos operários no 3º dia

Aliny Mary Dias e Francisco Júnior | 25/04/2014 11:09
Após recusa de proposta, operários fizeram passeata no centro (Foto: Sérgio Junior/Divulgação)
Após recusa de proposta, operários fizeram passeata no centro (Foto: Sérgio Junior/Divulgação)

A greve da construção civil tem a adesão de 15 mil operários de canteiros de obras de Campo Grande, número que representa 50% dos funcionários que trabalham em 400 obras na cidade. A proposta de 6,78% oferecida pela classe patronal foi rejeitada e a paralisação, que completa três dias hoje, segue pelo menos até a próxima segunda-feira (28).

De acordo com o presidente do Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário), José Abelha, uma reunião entre o sindicato e os patrões ocorreu ontem (24) no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), mas a proposta não foi aceita.

Após a reunião, os operários saíram em passeata pelas ruas do centro da cidade.

Diante da recusa da proposta de reajuste de 6,78% os operários seguem em greve pelo menos até segunda, quando uma nova rodada de negociações está marcada para às 15 horas com a presença do desembargador Nery Sá Azambuja.

O que eles querem – De acordo com Abelha, o reajuste pedido pela categoria tem objetivo de conquistar um aumento de R$ 1 mil para R$ 1,3 mil no salário de pedreiro e de R$ 735 para R$ 955 para servente.

Além disso, o setor pede benefícios como vale alimentação e cesta básica. O fim das divergências salariais e de benefícios entre operários contratados das construtoras e terceirizados também é uma reivindicação do sindicato. Em Campo Grande, 80% dos trabalhadores são terceirizados e o salário da Capital é o mais baixo do país.

De acordo com o presidente da Fetrticon (Federação dos Trabalhadores da Indústria de Construção, Mobiliário e Montagem de MS), Webergton Sudário, a expectativa é que a greve seja ampliada para todo o Estado.

Em Mato Grosso do Sul, 120 mil trabalhadores atuam na construção civil e a falta de fiscalização é uma das reclamações. “Só tem sete em todo o Estado. Se em Campo Grande tá ruim, imagina no interior. As condições de trabalho são ruins, muitos são trazidos por promessas que não são cumpridas”, completa.

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