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Capital

Polícia alerta que atendente correu risco ao pedir socorro durante assalto

Apesar do sucesso, polícia não recomenda que a ação que pode prejudicar a vítima caso os bandidos saibam

Bruna Pasche | 18/01/2019 16:39
Assalto ocorreu na lanchonete da Costa e Silva.
Assalto ocorreu na lanchonete da Costa e Silva.

Atendente de 36 anos conseguiu esconder o celular, ligou para a polícia e deu dicas do que estava acontecendo durante um assalto que terminou com a morte de dois assaltantes na madrugada desta sexta-feira (18), em uma loja da Subway loja em frente à UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Mas apesar de nenhuma vítima ferida, a Polícia adverte que esse tipo de reação é muito perigosa.

Ao perceber que havia algo errado com dois clientes que estavam no local, o funcionário escondeu o celular e quando anunciaram a ação, o rapaz se trancou em uma das salas. Ligou para o 190 dizendo que era um assalto e escondeu novamente o celular sem desligar. NO viva voz, continuou dando dicas do que estava acontecendo para que os atendentes identificassem o local e enviassem a polícia.

As ligações são recebidas pelo Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança) e repassadas às unidades policias mais próximas ao local. A operção deu certo e foi atendida por policias do Batalhão de Choque, no entanto, não é recomendada pela polícia para a segurança das vítimas.

“É preciso ter muita cautela nesses casos porque hoje tivemos sucesso em identificar o que estava acontecendo e o local para enviamos os policiais, mas não sabemos qual seria a reação do assaltante se ele tivesse visto que a vítima já tinha pedido socorro, por exemplo”, explicou o delegado Wellington de Oliveira.

Ele pontua que apesar da importância da apreensão dos bandidos, a prioridade é preservar as vítimas. “Tem que tomar cuidado para não colocar a vida em risco, lógico que queremos prender os bandidos, mas o mais importante é salvar essa vítima que está em perigo. Isso é muito comum em caso de latrocínio, por exemplo, quando o objetivo é roubar algo e por alguma reação da vítima ou despreparo do bandido, ele acaba ceifando a vida de uma pessoa”.

A recomendação é que a vítima tente manter a calma e reparar qualquer detalhe do criminoso para que seja identificado posteriormente. “Em hipótese alguma reagir, tentar ficar tranquilo e reparar tatuagem, roupa, tipo de arma, que isso que nos ajuda nas investigações e também a prevenção. A camionete roubada um dia antes pelos suspeitos foi pega enquanto os motoristas estavam parados em frente a uma casa, tem que ficar atento e entender que a vida é sempre mais importante que qualquer bem material”, concluiu.

Apesar do sucesso, atendente se arriscou ao ligar para a polícia enquanto era mantido refém dos bandidos armados. (Foto: Henrique Kawaminami)
Apesar do sucesso, atendente se arriscou ao ligar para a polícia enquanto era mantido refém dos bandidos armados. (Foto: Henrique Kawaminami)

Caso - Dois bandidos chegaram a Subway em um Fiat Strada, pediram lanche e sentaram para comer. Na sequência, uma médica em um Hyndai HB20 entrou na loja e também fez uma solicitação.

Depois que comeram os ladrões, um deles armado, anunciaram assalto. O atendente correu para a parte superior da loja onde fica o escritório, trancou a porta, ligou para a polícia e deixou o celular ligado para o policial, do outro lado da linha, ouvir que se tratava de um assalto.

Enquanto um assaltante ficou no estabelecimento com a médica, o outro foi atrás do atendente e arrombou a porta. “Eles queriam o cofre e me ameaçaram dizendo que se eu não descesse iriam matar a mulher. Acho que estavam drogados”, disse o funcionário. Um dos ladrões conseguiu fugir levando Hyndai HB20 da vítima e R$ 300 do caixa.

Quando a polícia chegou, o atendente e a médica foram para o banheiro e começaram a gritar que havia refém no local. Houve confronto e o assaltante que tinha ficado na loja foi baleado. Ele foi socorrido pela equipe, mas não resistiu. “Só deu certo porque a polícia chegou rápido. Poderia ter acontecido coisa pior”.

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