Polícia conclui que ex-vereador foi morto após ser roubado por quadrilha
Alceu Bueno foi encontrado carbonizado na noite do dia 20 de setembro
Roubo seguido de morte. Esta é a conclusão a que chegou a investigação da Polícia Civil sobre a morte do ex-vereador de Campo Grande, Alceu Bueno, ocorrida na noite do dia 20 de setembro deste ano. O caso era apurado como homicídio doloso e ocultação de cadáver.
Conforme o secretário de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa, a polícia ainda não encerrou as investigações, mas “todas as evidências indicam que foi um latrocínio”, afirmou o secretário na manhã desta quinta-feira, ao Campo Grande News.
Uma mulher e dois homens, que ainda não tiveram a identidade revelada pela polícia, foram presos na noite desta quarta-feira (28), suspeitos de terem cometido o crime.
Eles teriam roubado e depois assassinado Alceu, logo após ele sair da empresa que era dono, o Depósito Bueno, localizado na avenida Coronel Antonino - região norte da Capital.
Os suspeitos serão apresentados à imprensa numa entrevista coletiva marcada para às 15h30 de hoje, na sede do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros).
Estarão presentes na coletiva, além do secretário, o delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Antonio Costa Mayer, e os delegados Fábio Peró e Edilson Santos.
Corpo encontrado carbonizado - Bueno teria passado o dia todo na empresa dele e, conforme a família disse à polícia, o empresário e ex-vereador deixou o depósito por volta das 21h30, horário que também foi feito o último contato com ele, por telefone. Ele foi morto por estrangulamento.
A polícia acredita que o local onde o corpo foi encontrado - no Parque dos Poderes - foi utilizado só para a desova, sendo lá também onde o Bueno foi carbonizado. Um vídeo, gravado pelas câmeras de um condomínio, mostraram a ação dos assassinos e foi usado pela polícia.
O veículo de Alceu, um Land Rover Freelander 2, só foi encontrado três dias depois, em Ponta Porã – a 323 km de Campo Grande. O utilitário estava completamente queimado, o que dificultou a identificação de imediato.
A investigação sobre o caso correu em sigilo e seguiu várias possibilidades, já que Bueno esteve envolvido em esquema de exploração sexual de menores de idade recentemente, além de agiotagem - hipótese levantada também pelo colega pessoal e de Câmara Municipal, o vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB).