Polícia faz nova escavação e encontra ossada de suposta vítima do tráfico

Ossada humana foi encontrada enterrada num área de mata, na manhã desta quinta-feira (17), no Jardim Veraneio, em Campo Grande. Os ossos seriam de uma das vítimas de um esquema envolvendo tráfico de drogas e exploração sexual, que resultou no desaparecimento de dez pessoas, entre jovens e adolescentes.

O esquema foi desmontado durante operação da Polícia Civil na quinta-feira passada (10), no Bairro Danúbio Azul, norte da Capital. No dia, a polícia já havia feito buscas por cadáveres de possíveis vítimas na região, mas não encontrou nenhum corpo.

Conforme a polícia, a ossada, encontrada hoje por volta das 12h, aparentemente é de um homem, de aproximadamente 35 anos. A perícia esteve no local e recolheu os ossos para análise. Eles foram encaminhados ao Imol (Instituto Medicina e Odontologia Legal).

Foi um suspeito, preso nesta quarta-feira (16), quem indicou para a polícia o local onde a ossada estava enterrada. Ele permanece preso, mas não teve a identidade revelada.

Esquema - Durante a operação na quinta-feira (10), dez pessoas foram presas, oito delas suspeitas de envolvimento nos desaparecimentos. Eles aliciavam adolescentes e jovens dependentes químicos para vender droga e se prostituir a troco de pasta base de cocaína, segundo a polícia

Os presos são Luiz Alves Martins Onando, 49 anos, Diego Vieira Martins, Rudy Pereira da Silva, Jeová Ferreira Lima, Jeová Ferreira Lima Filho, Ariane de Souza Gonçalves, Vagner Vieira Garcia, Andreia Conceição Pereira.

Também foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão. Foi aprendida droga, uma arma de fogo e 70 galos de rinha.

Crimes - Conforme a polícia, as investigações começaram em setembro deste ano, após a morte de Leandro Aparecido Nunes Ferreira, o 'Leleco'. O rapaz foi morto por um jovem que o acusava de sumir com o seu irmão, adolescente que não teve a idade divulgada. Esse garoto em questão foi encontrado morto dias depois.

Por causa desta situação, a polícia descobriu que, além do menino, mais nove pessoas, todas moradoras da região do Danúbio Azul, estavam desaparecidas. O primeiro caso havia ocorrido em 2012.

Até hoje as vítimas de desaparecimento não foram localizadas e ninguém sabe o paradeiro delas.