Prefeito diz que repasse está em dia e cobra reabertura da Santa Casa
Marquinhos Trad publicou apelo no Facebook, na manhã deste sábado (5)
Em pronunciamento publicado no Facebook na manhã deste sábado (5), o prefeito Marquinhos Trad (PSD) disse que os repasses feitos à Santa Casa estão em dia e fez um apelo ao diretor do hospital para que abra os portões e volte a atender todos os pacientes.
Desde a última quarta-feira (2) o hospital está atendendo apenas paciente graves, sob a justificativa de que está superlotada. De acordo com a assessoria de imprensa da Santa Casa, cinco salas do centro cirúrgico estão sendo usadas como leitos por pacientes que precisam de leito de enfermaria ou UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Ao todo o hospital tem 22 salas para cirurgias.
Em um vídeo de dois minutos publicado em sua página no Facebook, o prefeito falou da importância do hospital e pediu união aos diretores. “Vocês sabem que a nossa cidade passa por um dos momentos mais difíceis nos últimos anos e não estamos medindo esforços para reconstruir a nossa cidade. Só junto vamos conseguir levantar Campo Grande, é hora de se unir para superar essa crise e não há nada mais triste do que buscar socorro para um irmão nosso, para alguém que a gente ama e não encontrar”, disse.
O prefeito também lembrou que a Capital completa 118 anos em agosto e disse que a abertura dos portões seria como um presente. “Essa crise, se Deus quiser, será passageira, mas o sofrimento será eterno para quem perder um ente querido... Sejam parceiros, abram as portas da Santa Casa”, apelou.
Confira o pronunciamento na íntegra abaixo:
A Santa Casa é o maior hospital do Estado e tem 660 leitos. Segundo a assessoria, 600 estão ativados e outros 60 desativados por conta de reformas que estão sendo feitas. A assessoria informa que com paciente nos corredores e no centro cirúrgico o atendimento está superior a capacidade.
Desde o dia 1º de agosto a unidade não está agendando cirurgias eletiva e as que estavam marcadas estão sendo realizadas conforme disponibilidade dos centros cirúrgicos. O hospital pondera ainda que mesmo com a unidade de regulação da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Público) não está conseguindo absorver a demanda.
A reportagem procurou a Sesau para saber qual estratégia será adotada durante o fim de semana com o hospital fechado, mas até a publicação deste material não obteve resposta.
Diante da situação de superlotação, o hospital registrou um boletim de ocorrência por preservação de direito, para que não fosse acusado de omissão de socorro, por deixar de atender os pacientes. O MPE (Ministério Público Estadual) também foi avisado em relação a superlotação.