Prefeito vai reequipar UPAs para aumentar repasses do Ministério da Saúde
A ideia vai ao encontro do compromisso de desafogar a Santa Casa
O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) e o secretário municipal de saúde, Marcelo Vilela reforçaram, nesta sexta-feira (14), o compromisso pela reestruturação das 10 UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) da Capital, durante fiscalização na unidade do Coronel Antonino. O anúncio vai ao encontro do compromisso assumido junto à ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande) – mantenedora da Santa Casa, de só encaminhar ao hospital pacientes que necessitam de atendimento considerado de média e alta complexidade.
De acordo com Marquinhos, a prefeitura investirá na reestruturação do atendimento das UPAs, com equipamentos de raio-X, ultrassonografia, entre outros. Tudo para pedir requalificação junto ao Ministério da Saúde.
Na prática, o Ministério da Saúde avalia os serviços prestados pelo município junto ao SUS (Sistema Único de Saúde) e destina recursos para a prefeitura custear ações voltadas ao acesso integral à saúde. Melhorando a qualificação, o repasse também aumenta.
Entre os critérios estabelecidos pela Portaria 2.395/11, por exemplo, que organiza o componente hospitalar da Rede de Atenção às Urgências no âmbito do SUS, as chamadas “portas de entrada hospitalares de urgência”, instaladas em estabelecimentos estratégicos recebem R$ 100 mil como incentivo de custeio mensal. Unidades classificadas como hospital especializado, recebem R$ 200 mil e R$ 300 mil mensais, dependendo do tipo de atendimento.
O prefeito explicou que vários itens são avaliados na qualificação ministerial, não necessariamente estruturais, mas também os que envolvem o atendimento e as condições ofertadas aos pacientes. Na UPA Coronel Antonino, segundo ele, colchões antigos, em mau estado, estão sendo substituídos.
“Vamos pedir a requalificação para ampliar os recursos e consequentemente melhorar também nossa rede de atendimento”, resumiu Marquinhos.
Santa Casa - Sem receber doentes menos graves, o presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande) – mantenedora do hospital – estima que a instituição vá economizar ao menos R$ 3,5 milhões por mês. Desta forma, deixará de operar em déficit.
Para colocar o compromisso em prática, a prefeitura terá de melhorar o sistema de regulação de vagas. Ou seja, otimizar a distribuição de pacientes nas rede pública.
“Vou fazer um enfrentamento, vou promover ajustes nas unidades de saúde para resolver definitivamente essa questão do atendimento na Capital”,finalizou o prefeito.