Prefeitura acusa professores de iniciarem “movimento político” na Capital
Com greve da educação completando três dias nesta quarta-feira, a Prefeitura de Campo Grande divulgou nota para condenar o que define de politização do movimento. Os professores exigem reajuste de 13,01%, para elevar o piso da categoria para R$ 1.971 para jornada de 20 horas, mas o município sinalizou com aumento de 8,3% só a partir de outubro.
A paralisação compromete, pelo menos, metade das 98 escolas públicas municipais. Agora, segundo nota da assessoria do prefeito Gilmar Olarte (PP), os docentes vão acampar na Câmara Municipal da Capital.
“Com esta atitude, passam a pressionar o Legislativo e não o Executivo, como seria justificável caso mantivessem a disposição de não interromper o diálogo com a Prefeitura”, destaca a nota.
O presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Alves Gonçalves, negou que a categoria tenha a intenção de acampar na Câmara. Ele disse que o cronograma de greve prevê que os docentes vão passar o dia de amanhã no legislativo.
A entidade estima que 50% das 98 escolas estão paradas, mesmo percentual de segunda-feira. No entanto, Geraldo destaca que o movimento está ganhando força. “Mais escola está aderindo à greve”, disse.
O presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar Oliveira (PMDB), não reforçou a segurança do legislativo. Ele apenas ponderou que a lei não vem sendo cumprida pelo prefeito e que, por isso, a mobilização deveria focar o Paço Municipal.