Prefeitura amplia plantões da saúde, entre falta de servidores e casos de gripe
Servidores das unidades de saúde podem fazer carga extra de 20 plantões de 12h até o dia 31 de agosto
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) ampliou até o dia 31 de agosto a escala de plantões extra para os servidores das unidades de saúde. Em resolução publicada no Diário Oficial de Campo Grande desta quinta-feira (27), a Secretaria autoriza 20 plantões de 12h por servidor. O motivo, alega a Sesau, é a falta de servidores.
Ainda assim, outro fator de preocupação são as “doenças da estação”, que encontram no clima frio ambiente propício para aumento de casos. A gripe A é um exemplo, com 135 casos confirmados em Mato Grosso do Sul, e 26 mortes, 7 delas em Campo Grande. A Secretaria realizou campanha, mas nem todos procuraram a vacina.
Em Campo Grande, uma das mortes foi de um bebê de 1 e 9 meses, na Santa Casa, que não havia sido vacinado. Secretário municipal de saúde, José Mauro Castro afirma que os óbitos contemplaram perfis suscetíveis à doença, além de pessoas que não foram vacinadas.
“São óbitos que acometem pessoas que são mãos suscetíveis, por isso existe grupo prioritário, e alguns não vacinaram. Existe um componente social muito forte, como é uma doença transmitida por vírus, temos que alertar aos cuidados”, disse.
Sobre os plantões, o secretário declarou ter sido “uma decisão difícil”. “Porque tem um gasto, nós estamos economizando, a Sesau está participando no setor administrativo, precisamos diminuir alguns plantões, até aditivos. A prioridade é economizar e dar um melhor atendimento”, comentou.
A escala de plantões foi um dos vilões para o aumento de gastos com pessoal, que chegou a alcançar o limite prudencial. Agora, o índice ganhou distância do que prevê a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), e o comprometimento com pessoal diminuiu de 51,16% para 50,5%, entre junho de 2018 e maio de 2019.
Para diminuir o déficit de pessoal na saúde, a Prefeitura anunciou concurso com 634 vagas para cargos de níveis de ensino superior, técnico, médio e fundamental. Os salários vão de R$ 998 até R$ 7.893,22. “Não adianta a gente fazer contratações, sendo que vamos ter que demitir, por causa dos concursados, há uma evasão de mais de 500 médicos. Há falta de médicos e enfermeiros que a gente tem que corrigir de uma forma resolutiva”, declarou o secretário.