Prefeitura e Consórcio assinam termo de gestão do transporte público da Capital
TAG (Termo de Ajuste de Gestão) foi retomado após determinação do Tribunal de Contas do Estado
Foi assinado na manhã desta quarta-feira (11) o TAG (Termo de Ajuste de Gestão) do transporte público de Campo Grande. O documento foi proposto ainda no início de 2019, mas o processo precisou ser suspenso desde o início da pandemia do novo coronavírus.
A retomada do acordo foi determinada pelo O TCE (Tribunal de Contas da União) através do conselheiro Waldir Neves após falhas na prestação do serviço de transporte público na Capital e inúmeras reclamações dos usuários.
De acordo com o presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende o termo vai trazer melhorias para o transporte público a longo prazo, mas já é um primeiro passo para as mudanças necessárias.
"É um momento é historico. O trasnsporte coletivo realmente precisa de uma mudança radical. Esse documento de hoje é apenas um primeiro passo. O transporte é um direito social. Nós não temos nenhum fundo, como a educação, segurança e saúde. Porque não ter um fundo para o transporte e garantir que esse serviço fique sem risco de interrupção?", disse durante a cerimônia.
Para o diretor-presidente da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), Vinícius Leite Campos, a iniciativa do TCE foi fundamental par a assinatura do documento.
"O TCE teve a iniciativa de vir junto com a prefeitura e os outros órgãos para tentarmos, juntos, a melhoria do transporte público. Estabelecer metas vai ajudar nessa caminhada", afirmou.
"Não existe em política pública melhoria imediata. É um problema complexo. Estamos dando o primeiro passo. Não vendemos ilusão de que tudo vai estar bem amanhã, de forma alguma estamos colocando desse forma. É o primeiro passo. É um documento que terá resultado", completou o diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) Janine de Lima Bruno.
Conforme o relator do processo Waldir Neves, o transporte público é uma questão de dignidade humana, inclusive priorizada em países desenvolvidos.
"Pegamos o contrato para verificar onde estava o problema. O cidadão ficar esperando ônibus num ponto que é um pedaço de pau é desumano. Precisa ter qualidade e conforto para que as pessoas queiram andar. Esse é um primeiro passo para buscarmos alternativas. É obrigação do poder público dar transporte de qualidade", completou.
Assinaram o termo o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), o gerente do Consórcio Guaicurus, Nelson Guenshi Asato, o conselheiro relator Waldir Neves, o diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) Janine de Lima e o presidente da Câmara dos Vereadores, João Batista da Rocha.