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Capital

Prefeitura não paga e coleta de lixo pode ser suspensa pela 2ª vez

Lidiane Kober | 18/12/2013 16:34

Diante do risco de ficar sem o 13º e sem o salário de dezembro, os 840 funcionários da CG Solurb ameaçam suspender a coleta de lixo, a partir das 18h desta quarta-feira (18), em Campo Grande. Há três meses, a empresa não recebe da prefeitura e a dívida beira os R$ 20 milhões, segundo o advogado Ary Raghiant.

“Infelizmente, não vemos outra saída a não ser suspender a coleta”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação, Wilson Gomes. Nesta manhã, ele esteve reunido com a direção da Solubr. “A empresa nos confirmou que se não receber da prefeitura não terá como pagar o 13º e o salário de dezembro”, revelou.

Na tentativa de resolver o impasse, conforme Raghiant, representantes da diretoria da Solurb estão, neste momento, na prefeitura. Por meio da assessoria de imprensa, a administração municipal informou ainda não ter um posicionamento. Em agenda fora do prédio, o prefeito Alcides Bernal (PP) é aguardado para se manifestar.

Se o pagamento não sair, essa será a segunda vez, em quatro meses, que a coleta é suspensa na Capital por falta de pagamento. No dia 19 de agosto, o serviço parou e retornou um dia depois, após a prefeitura depositar cerca de R$ 10 milhões referentes aos meses de maio e junho.

Na época, restava quitar os meses de julho e agosto, totalizando débito de pouco mais de R$ 10 milhões. “Agora, a dívida voltou a beirar os R$ 20 milhões”, informou o advogado da Solurb.

Insegurança – Diante dos atrasos constantes, o clima entre os funcionários da empresa é de total insegurança, disse o presidente do sindicato. “Imagina como será o Natal destes 840 trabalhadores sem o 13º”, comentou. “A prefeitura não vem a público se manifestar sobre o caso e gente vive na corda, em clima de insegurança”, completou.

De acordo com Gomes, o coletor recebe em torno de R$ 1,5 mil, incluindo vale-alimentação, salário e insalubridade. No total, 420 pessoas atuam na função. Outros 300 trabalham na varreção e capina e ganharam cerca de R$ 1,1 mil, incluindo benefícios. A Solurb emprega ainda mais de 100 trabalhadores no setor administrativo e no aterro.

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