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Capital

Prefeitura nega complô contra Solurb, mas auditoria pode levar a rescisão

Thiago de Souza | 10/12/2015 17:40
Prefeito já admitiu possibilidade de romper contrato com a Solurb. (Foto: Arquivo/ Marcos Ermínio)
Prefeito já admitiu possibilidade de romper contrato com a Solurb. (Foto: Arquivo/ Marcos Ermínio)
Auditoria da Prefeitura na Solurb termina nessa sexta-feira (11). (Foto: Marcos Ermíno)
Auditoria da Prefeitura na Solurb termina nessa sexta-feira (11). (Foto: Marcos Ermíno)

O secretário da Seplanfic (Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle) Disney Fernandes negou, hoje (10), que a Prefeitura de Campo Grande tenha feito qualquer tipo de reunião para falar sobre rompimento de contrato com o Consórcio CG Solurb e se encontrado com empresários do setor para negociar contratos. Porém, a auditoria da Prefeitura na empresa termina nessa sexta (11), o que pode servir de base para uma possível rescisão.

“Foi tudo uma situação criada. Não tem nada de concreto”, destacou Disney, que disse ter se encontrado no sábado somente com o prefeito Alcides Bernal (PP), para tratar das contas da prefeitura.

O advogado da Solurb, Ary Raghiante Neto, ficou sabendo de um suposto encontro entre o prefeito Alcides Bernal, o titular da Seplanfic, Disney Fernandes, o chefe de gabinete de Alcides Bernal, Odimar Marcon, e o empresário Thiago Verrone de Souza para tratar da rescisão contratural com a Solurb e a escolha de uma nova empresa para prestação do serviço de coleta de lixo.

A defesa da Solurb diz que vai acionar a prefeitura judicialmente para saber o porque de uma reunião ser feita sábado à meia noite. “Por que não se faz reunião segunda-feira em horário comercial?”, questionou o advogado.

Outro fator que incomodou a Solurb foi o fato do empresário Thiago Verrone de Souza ter participado do suposto encontro com o prefeito. “O Thiago foi denunciado por extorsão. É esse o tipo de pessoa que anda de braços com o prefeito?, reclamou.

Thiago Verrone tentou por várias vezes romper o vínculo com a Solurb e foi acusado de extorquir a empresa em R$ 5 milhões para desistir das ações que apontam irregularidades cometidas no descarte dos resíduos no aterro sanitário e no ”lixão” da Capital. Em sua defesa Verrone alegou que o dinheiro pedido era em função de alguns contratos que tinha com a Solurb.

Ary Raghiante disse que não há nada de irregular no serviço de coleta da Solurb e que o serviço de varrição ainda está sendo auditado. O advogado questionou a competência da Polícia Federal em elaborar laudo sobre os ativos da empresa, sendo que a Solurb presta serviço que não possui uso de dinheiro do Governo Federal.

A Solurb diz ainda por meio de sua defesa que a prefeitura não tem honrado os pagamentos. “Faltam setembro, outubro e agora novembro”. Só estão sendo quitados os valores referentes a folha de pagamento dos funcionários.

A diretora-presidente da Agereg (Agência de Regulação de Serviços Públicos Delegados) Ritva Vieira considera as informações sobre o rompimento com a Solurb “meras especulações”. O empresário Thiago Verrone de Souza não foi encontrado para falar sobre o assunto.

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