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Capital

Prefeitura pede reunião com MPE para esclarecer dúvidas da Quinta Gospel

Aliny Mary Dias | 18/08/2014 09:00

Uma reunião entre a Fundac (Fundação Municipal de Cultura), a Procuradoria Geral do Município e representantes do MPE (Ministério Público Estadual), marcada para a tarde desta segunda-feira (18), será mais um dos capítulos da polêmica instalada em Campo Grande envolvendo a Quinta Gospel.

Participarão do encontro a diretora-presidente da Fundac, Juliana Zorzo e o procurador-geral do município, Fabio Leandro. Conforme Leandro, a reunião foi agendada pela Prefeitura para que a administração municipal tenha algumas dúvidas esclarecidas.

“Como tem muita polêmica, muitos dizem que o município não atende as entidades e nós marcamos essa reunião para saber se há algum ato, pedido ou procedimento que a prefeitura não atendeu”, explica o procurador-geral.

Paga com dinheiro público, a Quinta Gospel é realizada uma vez por mês sempre na mesma semana da chamada Noite da Seresta.

Polêmica - A polêmica teve início depois que o vereador Eduardo Romero (PTdoB) apresentou, na Câmara Municipal, um ofício encaminhado ao presidente da Tenda de Umbanda Pai Joaquim de Angola, Elson Borges dos Santos, que queria apresentação da cantora Rita Ribeiro, artista espírita e que apresenta o projeto “Tecnomacumba”.

Após a “guerra santa” deflagrada na Câmara Municipal, o MPE mandou a Prefeitura de Campo Grande incluir todas as religiões na Quinta Gospel. A promotora de Justiça de Direitos Humanos, Jaceguara Dantas da Silva Passos, afirma que o município não pode “contemplar a tão somente à religião evangélica”.

Provocada após a polêmica, a promotora emitiu uma recomendação em que pede o fim da discriminação nas apresentações culturais da Quinta Gospel. Jaceguara pede que a Prefeitura se abstenha de interpretar a Lei Municipal 5.092/2012, que institui o programa, de contemplar apenas as religiões evangélicas e dê o mesmo espaço, sem discriminar as religiões, a todas as denominações e crenças.

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