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Capital

Prefeitura quer desocupar área para não perder 368 moradias no Tarumã

Prazo estipulado pelo Ministério das Cidades para resolver impasse é 07 de fevereiro

Leonardo Rocha e Kleber Clajus | 05/02/2018 12:59
Diretor da Emha, Eneas Carvalho, com seus assessores durante entrevista coletiva (Foto: Kleber Clajus)
Diretor da Emha, Eneas Carvalho, com seus assessores durante entrevista coletiva (Foto: Kleber Clajus)

A Prefeitura de Campo Grande corre contra o tempo para tentar desocupar uma área no Jardim Tarumã, região sul da cidade, que está invadida por uma pessoa e caso não tenha a devida reintegração até a próxima quarta-feira (07), o município pode perder recursos federais, que seriam usados para a construção de 368 moradias no local.

Esta informação foi repassada hoje (05), em entrevista coletiva, pelo diretor-presidente da Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande), Eneas Carvalho. Ele ponderou que o Ministério das Cidades estipulou o prazo até o dia 07 de fevereiro, para que três área em Campo Grande estejam liberadas, para a construção das moradias.

O diretor informou que nesta área (Tarumã), que fica próxima a rua da Zona Sul, existe uma pessoa que requisitou na Justiça o direito de permanecer no local. "A Prefeitura tenta medidas amigáveis para resolver o impasse, porém se não tiver acordo, podemos perder os recursos para construção destas moradias populares", alertou.

Eneas explicou que caso o município perca tal projeto, vai ser ajuizado um processo contra o cidadão. "Não podemos preterir 42 mil pessoas que estão no cadastro (Emha), por uma ocupação, há cinco anos que Campo Grande não contrata uma unidade para moradia popular", disse ele.

Resolvido - No último sábado (04), a prefeitura conseguiu fazer a reintegração de posse em uma área no bairro Aero Rancho, onde serão construídas 448 moradias. O local estava sendo usada pela entidade "Ação, Dignidade e Vida".

A entidade estava no local desde março de 2000, após conseguir uma "permissão de uso". Eles faziam processamento de alimentos para doação, além reciclagem. O diretor da instituição, Ricardo Tibana, contou que as atividades já estavam paradas há cinco meses, além estar sem ligação de água.

O diretor da Emha avaliou que o ideal era que o poder público "não concedesse mais estas permissões de uso", para evitar desgaste com a população, em eventuais reintegrações de posse. Os itens retirados do local foram enviados a um depósito, na antiga Rodoviária, onde fica uma unidade da Guarda Municipal.

Recursos - Ao todo o Ministério das Cidades pretende investir R$ 85 milhões, por meio do programa "Minha Casa, Minha Vida", em Campo Grande, para construção de 1098 apartamentos populares, em áreas que ficam nos bairros Tarumã (368), Aero Rancho (448) e Sírio Libanês (256).

Eneas ainda divulgou que o município deixou de receber recursos, para construir moradias no Jardim Canguru, região sul, porque na área pública existem 33 famílias em casas irregulares, que invadiram o local.

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