Prefeitura retira vagões e prevê nova praça para aniversário de 119 anos
Espaço, segundo o projeto, terá locomotiva à vapor, painéis sobre a cidade e imigração
Dois vagões de lanche foram retirados, nesta quinta-feira (19), para dar espaço a nova praça na Esplanada Ferroviária, em Campo Grande. No local, uma locomotiva à vapor, painéis com nome da cidade e outro sobre a imigração fazem parte de projeto de revitalização do espaço com entrega prevista para 25 de agosto, véspera do aniversário de 119 anos da Capital.
O recepcionista Lucas Castro, 21 anos, comemorou a retirada das estruturas vandalizadas e, agora, espera que uma base da Guarda Municipal também seja instalada, como previsto em projeto da Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano) adiantado pelo Campo Grande News em maio. "Ficará melhor se cumprirem o que falaram", pontuou.
Cronograma prevê a retirada de onze vagões, conforme o secretário de obras Rudi Fioresi, mas isso dependerá de autorizações da Semadur (Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana). Por enquanto, somente dois passam pelo processo de remoção.
Por cinco meses, arquitetos e urbanistas da agência estudaram como trazer de volta a praça campo-grandenses e turistas, uma vez que vagões destinados a venda de comida acabaram abandonados. Assim, surgiu ideia de homenagear o legado da Ferrovia Noroeste do Brasil.
Locomotiva à vapor foi adquirida por R$ 170 mil na cidade boliviana de Roboré, com recurso de estudo de impacto de vizinhança pago por uma incorporadora imobiliária. Esta vai compor praça, sendo instalada com inclinação direcionada ao céu, em mémoria ao progresso trazido pelos trilhos desde 1914 e complementada por painéis com nome da Capital e de imigrantes.
Esta será a primeira das intervenções em estudo para o calçadão da Esplanada Ferroviária, entregue há cinco anos. Isso porque além da praça e locomotiva de 60 toneladas haverá a instalação de quatro novos vagões destinados as secretarias de saúde, segurança, turismo e assistência social. Os mesmos se encontram pendentes de trâmites burocráticos.
"Queremos resgatar a memória e sentimento de pertencimento do campo-grandense", disse anteriormente a diretora-presidente da Planurb, Berenice Jacob Domingues, revelando que aguarda confirmação de financiamento para propostas gastronômica e de habitação popular.