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Capital

Prefeitura rompe com construtora e licitará conclusão da Orla Morena 2

Viviane Oliveira | 17/07/2013 18:00
Obra inacabada na avenida Ernesto Geisel com a Euler de Azevedo. (Foto: Marcos Ermínio)
Obra inacabada na avenida Ernesto Geisel com a Euler de Azevedo. (Foto: Marcos Ermínio)

Faltando 20% para a conclusão das obras da segunda fase da Orla Morena, em Campo Grande, a Prefeitura rescindiu contrato com a empresa MG Construtora Ltda, que venceu a licitação para executar o projeto no valor de R$ 6 milhões com recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). A rescisão do contrato foi publicada nesta quarta-feira (17) no Diário Oficial do Município. Com valor de R$ 8 milhões, no total, a Orla Morena 2 começou a partir da rua Plutão.

De acordo com o secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, Semy Ferraz, as obras estão paradas desde dezembro do ano passado. Em maio deste ano, a empresa mandou ofício para a Prefeitura alegando dificuldades financeiras e dizendo que não tinha mais condições de terminar a obra.

Além da Orla Morena, a empresa desistiu de mais dois contratos, o recapeamento do Jardim Panorama e a drenagem da Cidade Morena. O BID vai punir a MG Construtora por ter desistido de executar três obras que estavam previstas desde o ano passado. “A prefeitura ainda analisa o contrato para ver se cabe multa por rescisão de contrato”, diz o secretário, acrescentando que a empreiteira chegou a receber R$ 5 milhões.

Ainda de acordo com Semy, para a conclusão da Orla será necessária uma nova licitação. “Acredito em 45 dias conseguimos passar pelo processo licitatório. Eu acredito no bom senso das empresas para concluirmos esta obra até o final do ano”, afirma, acrescentando que se a empreiteira for boa consegue terminar em dois ou três meses.

Já para conclusão das outras duas obras, Semy diz que não será necessária uma nova licitação, pois a execução das obras é com recurso da união.

O investimento da Orla Morena 2 prevê rede de drenagem, para resolver o problema da água da chuva, e paisagismo desde a primeira parte da Orla até a Orla Ferroviária.

Doralice atravessando a parte que estava fechada e foi aberta pelos moradores do bairro São Francisco. (Foto: Marcos Ermínio)
Doralice atravessando a parte que estava fechada e foi aberta pelos moradores do bairro São Francisco. (Foto: Marcos Ermínio)

Transtorno - Para execução do projeto da Orla, todo entorno da linha férrea foi cercado para o trabalho das equipes e havia a promessa de uma passarela para ligar a parte de trás da estação Ferroviária até a rua 14 de Julho.

Isso não aconteceu e os moradores chegaram a abrir a grade para poder atravessar de um lado para o outro. Eles reclamam que além das obras paralisadas, um dos pontos, por exemplo, na rua Via Noroeste, está com mato alto, virou esconderijo de bandido e ponto de droga.

“Além de a Prefeitura começar uma obra e não terminar, o descaso está tirando o sono de boa parte da população na região”, reclama o aposentado Sérgio Sanches, 84, que mora há 52 anos no bairro São Francisco.

Outra moradora antiga do local afirma que os executores da obra não pensaram nos idosos na hora de executar o empreendimento. “Eles simplesmente colocaram grade em tudo, para irmos ao ponto de ônibus e supermercado é preciso dar uma volta imensa”, finaliza Doralice Vilela, 68 anos.

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