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Capital

Prefeitura se reúne com lojistas para prestar contas do Reviva Campo Grande

Reunião agendada para quinta-feira visa a informar empresários sobre avanço das obras, após queixas de comerciantes sobre a queda no movimento

Humberto Marques | 04/07/2018 18:23
Cruzamento da 14 de Julho com a Maracaju também foi interditado. (Foto: Marina Pacheco/Arquivo)
Cruzamento da 14 de Julho com a Maracaju também foi interditado. (Foto: Marina Pacheco/Arquivo)

A Coordenação do programa Reviva Campo Grande convidou lojistas impactados com as obras de revitalização da rua 14 de Julho para uma reunião às 18h30 desta quinta-feira (5) na sede da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) para informar com antecedência os empresários sobre as interdições a serem realizadas para o prosseguimento do empreendimento.

Dificuldades geradas pelas obras, que forçam o fechamento de trechos da 14 de Julho para implantação de redes de esgoto, drenagem e cabeamento no subterrâneo, têm causado incômodo aos lojistas. A CDL-CG (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Campo Grande) aponta que comerciantes do trecho da via próximo à rua Maracaju, que haviam se planejado para o fechamento e redução do movimento de clientes apenas em 2019, foram surpreendidos com a mudança do cronograma da empreiteira responsável, que antecipou as obras no local –iniciadas no fim de junho.

Somente nos últimos dias, a CDL afirma que os comerciantes daquela região registraram queda de 70% no movimento. Em reunião na segunda-feira (2) com lojistas e integrantes do Paço Municipal, o presidente da entidade, Adelaido Vila, destacou que as obras foram realizadas em um momento de renovação de estoques.

“Nós voltamos a ressaltar que apoiamos o projeto, mas temos grande preocupação com a sobrevida dos empresários, que se não tiverem o apoio necessário não chegarão ‘vivos’ no final das obras. É essencial que a administração tenha sensibilidade para com os empresários e não tome novas atitudes sem comunicação prévia”, disse Adelaido.

Representantes da prefeitura apontaram ações que visam a minimizar o impacto com as obras, envolvendo reuniões semanais, sinalização visual para alertar a clientela sobre o funcionamento das lojas e eventos periódicos com o fechamento de ruas e atrações culturais, bem como campanha para estimular o comércio no Centro.

Já a CDL solicitou, entre outras ações, apoio na intermediação para negociação do pagamento de contas de água, luz e telefonia e redução de taxas da administração municipal no período em que as obras estiverem na frente das empresas.

Em nota, a prefeitura informou que pretende apresentar aos lojistas, sempre às quintas-feiras, o cronograma das obras de forma a tentar reduzir impactos.

Reviva – As obras de revitalização da área central da Capital, previstas no Reviva Campo Grande, passaram a ser executadas em duas frentes de trabalho em 27 de junho. Iniciadas no cruzamento da 14 de Julho com a avenida Fernando Corrêa da Costa, elas também são realizadas a partir da rua Maracaju, rumo à avenida Afonso Pena.

O trecho da 14 entre a Maracaju e a Cândido Mariano foi totalmente interditado a fim de aproveitar o período de estiagem para acelerar o empreendimento, bancado com recursos financiados junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), na ordem de US$ 56 milhões.

Até esta quinta-feira, é prevista a interdição das calçadas e do estacionamento no trecho da 14 entre as ruas 26 de Agosto e 7 de Setembro. A Engepar Engenharia é responsável pelo serviço nas 14 quadras, ao longo de 1,4 quilômetro da rua. A previsão é de que os serviços durarão três meses a cada duas quadras. A primeira fase do projeto custou R$ 49,2 milhões.

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