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Capital

Prefeitura usa “colchão de pedra” para concluir asfalto inciado em 2012

Obra enfrentou atraso na Caixa para adequação de projeto que contempla o Jardim Botafogo, Jardim Morenão, Roselândia e Anápolis

Humberto Marques | 30/07/2019 16:49
Trecho final da Pompeu Ferreira da Silva exigiu construção de “colchão de pedra”, coberto com manta especial para conter lençol freático. (Foto: PMCG/Divulgação)
Trecho final da Pompeu Ferreira da Silva exigiu construção de “colchão de pedra”, coberto com manta especial para conter lençol freático. (Foto: PMCG/Divulgação)

Com adequação para conseguir asfaltar o último trecho previsto no projeto original, a Prefeitura de Campo Grande anunciou nesta terça-feira (30) a conclusão das obras de pavimentação e drenagem em trechos dos bairros Jardim Botafogo, Jardim Morenão, Roselândia e Residencial Anápolis, iniciadas em 2012 e paralisada por problemas burocráticos. O lençol freático pouco profundo obrigou a construção de um “colchão de pedra” para escoar águas nos 40 metros finais da Rua Pompeu Ferreira da Silva.

As obras vão contemplar a linha de ônibus do Botafogo, porém, estenderam-se aos demais bairros, prometendo acabar com alagamentos que, em épocas de chuvas, castigavam moradores.

Os problemas no trecho final do serviço, conforme a assessoria do Paço Municipal, forçaram uma readequação no projeto original –que demorou mais de 60 dias para ser aprovada pela Caixa Econômica Federal, responsável pela liberação dos recursos. Equipes da empreiteira responsável relataram que, com apenas 1,5 metro de escavação, a água brotava do lençol freático.

Como solução, foi construído o “colchão de pedra” de quase meio metro de altura, recoberto de manta geotécnica e um dreno lateral que permitirá escoar a água até a boca de logo mais próxima, na Rua Rivaldir Alberti –a drenagem profunda permitiu a compactação da pista.

Pavimentação era aguardada há mais de 20 anos por moradores de bairros como o Residencial Anápolis. (Foto: PMCG/Divulgação)
Pavimentação era aguardada há mais de 20 anos por moradores de bairros como o Residencial Anápolis. (Foto: PMCG/Divulgação)

Espera – O projeto de pavimentação e drenagem no Botafogo foi iniciado em 2012 e interrompido pouco depois, quando a empreiteira responsável rescindiu o contrato. A prefeitura informa, ainda, que a falta de pagamento de R$ 72 mil em indenização ao proprietário de uma faixa de terreno usada como área de serventia para a rede de drenagem no final da Rua Rodrigo Moura também atrasou a retomada.

A espera, porém, foi mais longa para as 247 famílias do Residencial Anápolis, que há 26 anos esperavam o asfalto. O conjunto habitacional foi construído pela extinta CDHU em 1993 e era atingido por enxurradas de bairros mais altos, como o Botafogo e o Pioneiros.

A obra foi retomada após o prefeito Marquinhos Trad (PSD) discutir a retomada do convênio junto ao Ministério das Cidades. O convênio venceria em abril deste ano e poderia resultar na perda de R$ 1,3 milhão alocados desde 2011 no Orçamento da União por emenda do então deputado federal Luiz Henrique Mandetta (atual ministro da Saúde).

Os recursos financiaram a construção de 746 metros de rede de drenagem e 2,2 quilômetros de asfalto nas Ruas Paraúna (entre Centro-Oeste e Rivaldir Alberti), 13 de Novembro (entre Centro-Oeste e Goiatuba), Canabras (entre Centro-Oeste e Rivaldir Alberti), Mirai (entre Centro-Oeste e Goiatuba e da Rivaldir Alberti a Divino Fonseca), Rodrigo Moura (da Rivaldir Alberti até o fim da via), Iraque (entre Centro-Oeste e Kilda Monteiro); Pompeu Ferreira da Silva (entre Centro-Oeste e Rivaldir Alberti), Junes Salaminy, Kilda Monteiro, Francisco dos Anjos (entre Assaré e Rodrigo Moura) e Divino Fonseca (entre Assaré e Rodrigo Moura).

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