Prefeitura vai cartografar mapa subterrâneo para prever alagamentos
Município anunciou convênio com a UFMS para que sejam definidas estratégias
Prefeitura de Campo Grande anunciou diferentes medidas para conter os impactos das chuvas, que nos últimos dias causaram inúmeros transtornos aos moradores da Capital. Entre elas, está convênio com a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) para que pontos de alagamento sejam identificados e mapeados na cidade.
Segundo a subsecretária de Gestão e Projetos Estratégicos, Catiana Sabadin, o município ainda trabalha parceria com a instituição de ensino, para que pesquisadores, professores e alunos possam simular situações e auxiliar na definição de estratégias. “Eles têm expertise e um setor estratégico, que vai ajudar o município a entender melhor o processo”.
Além disso, ela ressaltou que há uma contratação para identificar as estruturas de drenagem da Capital. “Estamos contratando um cadastro de drenagem para entender o que tem embaixo da terra em Campo Grande”.
O secretário-adjunto da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), Enéas Netto, explica que a análise da drenagem na cidade permitirá averiguar e prevenir situações, como alagamentos na região do Lago do Amor, por exemplo. “Ou seja, dar condições para que a secretaria possa se antecipar e planejar”.
Por fim, Sabadin destacou projetos para fazer bacias de contenção em locais específicos, de forma a “amortecer” o impacto das chuvas. “Especificamente e prioritariamente na região do Segredo, onde hoje estão os gargalos maiores, que são na Avenida Rachid Neder, e na região do Prosa”.
“O município já está com projeto de engenharia em execução e precisa levantar recursos, porque são grandes investimentos que precisam ser feitos para resolver. Requer investimentos pesados. Já tem planejamento executado, mas com o crescimento do perímetro urbano, há necessidade de recurso”.
Segundo ela, por exemplo, no encontro das avenidas Hiroshima e Mato Grosso, já existe uma bacia de contenção e amortecimento, o que seria uma inspiração para as próximas obras.
“As chuvas que caíram esses dias foram muito acima da média e se você pegar a maioria dos municípios não comporta essas chuvas. São coisas a longo prazo. Há mais de 20 anos, o município não tinha grandes investimentos em drenagem e, mesmo a longo prazo, a prefeitura investe forças nisso”.