Prefeitura vai ouvir população sobre qualidade do transporte público
Empresa de pesquisa foi contratada por R$ 173 mil e vai percorrer a cidade ao longo de três meses
Pesquisa da Prefeitura de Campo Grande vai ouvir a população da cidade sobre a qualidade do transporte público coletivo da Capital, serviço executado pelo Consórcio Guaicurus. Para isso, a Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) contratou a empresa Macmann & Tate Pesquisa e Eventos por R$ 173.600.
Diretor-presidente da Agereg, Vinicius Leite Campos afirma que o contrato é válido por três meses, período em que a pesquisa vai estar em todas as regiões da cidade para ouvir a população. O trabalho deve começar na semana que vem.
“É para ver quais são as maiores reclamações, o que as pessoas querem, o que elas esperam, para a gente ter mapeado de fato quais são os problemas. Se não é só quebra de ônibus, até que ponto a quebra é um problema, se o problema é mais os Terminais”, disse.
Segundo ele, “o diagnóstico” será analisado pela administração, mas não citou quais são os próximos passos depois que a pesquisa ficar pronta. “A partir do momento que gente tiver diagnosticado, vamos tentar resolvê-los [problemas], nós queremos saber quais são as maiores reclamações”, comentou.
Reajuste - Decreto da Prefeitura de Campo Grande publicado em edição extra do Diário Oficial de Campo Grande do último dia 9 suspendeu decreto anterior de reajuste da tarifa do transporte público, que aumentou o passe de ônibus para R$ 4,10. Agora, a negociação do reajuste volta à estaca zero.
O reajuste da tarifa de transporte público entrou em vigor desde o dia 28 de dezembro em Campo Grande. Nesta data, a passagem nos ônibus convencionais passou de R$ 3,95 para R$ 4,10, mas liminar expedida pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) de Mato Grosso do Sul no último dia 7 suspendeu o aumento.
A medida cautelar foi dada como parte de processo de inspeção do contrato entre a prefeitura de Campo Grande e o Consórcio Guaicurus, firmado em 2012. De acordo com o texto, a Divisão de Fiscalização de Contratação Pública, Parcerias e Convênios do Estado e dos Municípios apontou 14 pontos problemáticos no cumprimento do contrato.
O conselheiro-relator, Waldir Neves, disse ao Campo Grande News que a Corte tem autonomia para, cautelarmente, suspender o reajuste “para que antes de dar aumento cumpra termos do contrato”.