Preso ordenou por celular assassinato de mulher achada em estrada
O assassinato de Darlen Hellen de Souza, de 38 anos, encontrada morta na última segunda-feira (17) na estrada vicinal que dá aceso ao Aeroporto Santa Maria, na saída para São Paulo, região do bairro Itamaracá, foi ordenado de dentro do Presídio de Segurança Máxima pelo namorado dela, Everton Rodrigues, de 28 anos.
De acordo com o delegado da DEH (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Homicídios), Edilson dos Santos Silva, a mulher que era de Cuiabá (MT), veio para Campo Grande visitar o namorado que está preso há dois anos por tráfico de drogas. Ele já cumpriu pena por homicídio e porte ilegal de arma de fogo.
Para a família, Darlen disse que iria até a cidade de Amambai, onde o filho Kallyel Moyses de Souza está preso por tráfico de drogas.
Após ser identificado pela Polícia, Everton confessou que usou um celular, que mantinha escondido na cela, para ordenar a morte de Darlen. Ele disse que o motivo foi passional.
A vítima estava mantendo um relacionamento amoroso com outra pessoa e, no domingo (16) ocasião que ela foi visitá-lo no presídio acabou confessando o romance com outra pessoa. Após a mulher ter ido embora, ele ligou para um comparsa e ordenou a morte da namorada.
Ele pediu para ela se encontrar com o executor do crime, que ainda não foi identificado pela Polícia, alegando que o homem passaria um dinheiro para ela.
Segundo o delegado, mais de uma pessoa pode ter participado do assassinato. “A mulher foi amarrada e levada para o local do crime, onde foi morta com três tiros de pistola 9 milímetros”, disse o delegado.
Everton se desfez do celular após receber a confirmação de que o crime havia sido executado com sucesso. Ele foi indiciado por participação no homicídio doloso e pode pegar de 12 a 30 anos de prisão. Ele disse que atualmente cumpria pena por tráfico de drogas e o ano que vem sairia do presídio.
O caso - Darlen foi executada com três tiros, um nas costas, na nuca e um na mão. Ela foi encontrada por volta das 7 horas da manhã em uma estrada vicinal, com mãos e pés amarrados com lençol.
Ainda ontem, a perícia informou que a vítima tinha uma tatuagem do PCC (Primeiro Comando da Capital), sigla de uma organização criminosa, no tornozelo esquerdo.
No local do crime, foram encontrados cartuchos de pistola calibre 9 milímetros. A vítima tem varias passagens pela Polícia no Estado de Mato Grosso, Paraná e São Paulo, onde tem dois mandados de prisão decretada por roubo.