Pressionada, Sesau volta atrás e mantém escala de pediatras nas UPAs
Vereador que acompanha a discussão, Victor Rocha, confirmou a manutenção, assim como a secretaria
Depois de muita repercussão e polêmica entre os profissionais de saúde que atuam nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros Regionais de Saúde) sobre a alteração dos plantões noturnos, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) voltou atrás e não haverá mais alterações.
Médicos entraram em contato com o Campo Grande News relatando a situação, que também foi confirmada pelo vereador Victor Rocha (PP) que nesta semana se reuniu com pediatras no Sinmed (Sindicato dos Médicos) e no Conselho Municipal de Saúde na tentativa de pressionar a secretaria a manter a escala como está.
“Não vai haver mudança nenhuma e quem ganha é a população de Campo Grande e os profissionais da saúde, que continuarão atendendo a população”, comemorou o parlamentar. O planejamento inicial era que apenas duas unidades de saúde 24 horas atendessem crianças nos plantões de madrugada a partir do dia 1º de julho, o que não se efetivou.
O Campo Grande News acompanhou os passos dessa negociação que desagradava os pediatras. Tanto que ontem o Sinmed, em nota, sugeriu encaminhar o caso ao Ministério Público. “Foi proposto reduzir a escala, deixando a população sem pediatra em unidades como o Nova Bahia e Tiradentes, não concordamos com isso, vamos levar essa demanda para o Conselho Municipal de Saúde e se necessário vamos acionar o Ministério Público”, afirmou Marcelo Santana, presidente do sindicato.
No último dia 30 de junho, a Sesau ainda mantinha a decisão de alterações, que funcionaria da seguinte forma: pediatras atenderiam de madrugada, de 1h até 6h em apenas em duas UPAs – as dos bairros Coronel Antonino e Universitário. Já à noite, entre 19h e 01h, haveria a especialidade em cinco unidades 24 horas.
A reportagem entrou em contato com a Sesau que respondeu que “até o momento não houve nenhuma alteração” e que “as propostas estão sendo estudadas e só serão deliberadas após ampla discussão com as categorias e conselho municipal de saúde” e reforçou que “os atendimentos seguem feitos normalmente, como eram”.