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Capital

Procurador da Câmara volta para a prisão e ocupa cela dos ‘famosos’

André Luiz Scaff foi preso de novo agora pela manhã e já está no Centro de Triagem

Anahi Zurutuza e Luana Rodrigues | 08/10/2016 11:29
André Scaff, quando prestou depoimento em maio, na primeira fase da Operação Midas, do Gaeco (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
André Scaff, quando prestou depoimento em maio, na primeira fase da Operação Midas, do Gaeco (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

O procurador da Câmara Municipal, André Luiz Scaff, voltou para a prisão depois de 17 dias em liberdade. Ele foi preso na manhã deste sábado (8) porque, a pedido do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), a Justiça determinou a recondução dele para um presídio. É terceira fez que Scaff é preso neste ano.

O servidor já está no Centro de Triagem de Campo Grande e ocupa a cela 17, que já foi recebeu presos “famosos”, como o ex-prefeito Gilmar Antunes Olarte. O procurador Carlos Alberto Zeolla e o ex-secretário de Obras de Mato Grosso do Sul, Edson Giroto, também já se “hospedaram” na cela especial.

Ele chegou por volta das 11h ao presídio, com um salgado, uma fruta e um suco.

Midas – Na manhã do dia 18 de setembro, o procurador e a mulher dele, Karine Ribeiro Mauro Scaff, foram presos. Os dois são investigados na Operação Midas, que apura os crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica.

Scaff é o principal alvo da força-tarefa, que já está em sua segunda fase. Ele é suspeito de receber propina no valor de R$ 3 milhões, para aditar e renovar contratos de empresas prestadoras de serviços com a prefeitura, no período em que foi secretário de finanças, na gestão Olarte – que durou de março de 2014 a agosto de 2015.

A primeira etapa da operação foi realizada em maio deste ano, quando Scaff prestou depoimento ao Gaeco na Depac (Delegacia de Pronto Atedimento Comunitário) do Centro. Informações apuradas pelo Campo Grande News na época indicavam que a evolução patrimonial dele nos últimos 12 anos estava sendo investigada.

Depois de saber da investigação contra ele, André Luiz Scaff, procurador da Câmara Municipal de Campo Grande, tentou interferir “efetivamente” na condução da apuração, segundo o Gaeco.
Em um diálogo, flagrado por meio de interceptações telefônicas, o procurador mencionou “de forma depreciadora” que os promotores seriam “molecada” e que não teriam conhecimento de seu “tamanho”.

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