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Política

Olarte está preso em cela "famosa"; esposa ficará no presídio feminino

Ex-vice-prefeito foi levado para o Centro de Triagem

Mayara Bueno e Christiane Reis | 15/08/2016 14:42
Gilmar Olarte sendo levado pelo Gaeco, mais cedo. (Foto: Fernando Antunes)
Gilmar Olarte sendo levado pelo Gaeco, mais cedo. (Foto: Fernando Antunes)
Casal Olarte foi preso hoje pelo Gaeco. (Foto: Fernando Antunes)
Casal Olarte foi preso hoje pelo Gaeco. (Foto: Fernando Antunes)

O ex-vice-prefeito, afastado da função de prefeito, Gilmar Antunes Olarte (PROS), já está no Centro de Triagem, na cela 17, conhecida por abrigar presos "famosos" e com outras 25 pessoas. O corretor Ivamil Rodrigues, considerado braço direito do ex-vice, também dividirá o local, enquanto a esposa de Olarte, Andréia Zanetti Olarte, está no presídio feminino, Irma Zorzi. As informações são do diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Airton Stroppa.

Olarte e Ivamil chegaram no Centro de Triagem por volta das 13 horas e estão na cela 17, conhecida por abrigar e ter abrigado outros presos “famosos”, como o procurador aposentado Carlos Alberto Zeolla, e o ex-secretário de Obras de MS, Edson Giroto. Além dos dois novos ocupantes, a cela tem 24 homens, o que teria de ser a capacidade máxima.

Já o quarto implicado, Evandro Farinelli, permanece na sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), onde foi levado na manhã desta segunda-feira (15). Os quatro são investigados na Operação Pecúnia, que apontou crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica.

Andréia Olarte chegou por volta das 14h10. Ao ser presa, mais cedo, ela e o marido negaram qualquer crime, afirmaram que todos os bens que possuem foram declarados e que são vítimas de perseguição.

Ainda de acordo com o Ministério Público, as investigações começaram com a quebra de sigilo bancário de Andréia Olarte e de sua empresa, além de informações de que, entre 2014 e 2015, enquanto Gilmar era prefeito, a esposa adquiriu vários imóveis em Campo Grande, alguns em nome de terceiros.

Investigação - As prisões e os mandados fazem parte da Operação Pecúnia e foram pedidas por meio da investigação que apura prática de crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica. A ação seria desdobramento da Operação Adna contra Olarte, cuja investigação atribui a ele o crime de corrupção passiva. Adna é a sigla da igreja Assembleia de Deus Nova Aliança, que, em Campo Grande, foi fundada pelo ex-prefeito.

Os pagamentos teriam sido feitos em “elevadas quantias”, fazendo-o, ora em dinheiro vivo, ora por transferências bancárias e depósitos, os quais, “a princípio, são incompatíveis com a renda do casal”.

Segundo a investigação, Andreia e Gilmar contaram com a ajuda de Ivamil Rodrigues, corretor de imóveis e que seria braço direito do casal nas aquisições “fraudulentas”. Evandro Farinelli seria a pessoa que cedia o nome para que as compras fossem feitas em nome de Andréia Olarte.

 

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