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Capital

Professores da Capital aceitam proposta de reajuste salarial da prefeitura

Aumento de 10,39% era referente ao salário de novembro de 2022

Guilherme Correia e Gabriel de Matos | 01/02/2023 18:59
Reunião da ACP aconteceu nesta quarta-feira, em Campo Grande. (Foto: Alex Machado)
Reunião da ACP aconteceu nesta quarta-feira, em Campo Grande. (Foto: Alex Machado)

A proposta da prefeita Adriane Lopes (Patriota) para reajuste salarial em 10,39% dos professores vinculados à Reme (Rede Municipal de Educação) foi aceita em reunião nesta quarta-feira (1º), referente ao salário vencido em novembro de 2022.

A decisão não teve unanimidade na categoria e, em maio, está previsto outro reajuste, de 14,95%, referente às despesas do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).

O presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Givano Bronzoni, ressalta que, apesar das divergências, os professores acataram a decisão. Na mesma proposta, segundo ele, a prefeita garante a instituição de uma comissão para discutir o calendário de 2023.

Professora há 22 anos, Luciane Fortes, de 44, avalia que o aumento ainda está abaixo do esperado, mas entende que é a única forma possível, no momento. “A proposta não é o que não queríamos. Nós queríamos receber a carreira, mas diante do limite prudencial, essa é a única forma de receber. Não é a melhor coisa, não é isso que a gente está debatendo aqui, mas hoje a gente aceita”.

O professor Amarildo Sanches, de 59 anos, é docente há 32 anos e explica que a legislação vem de outras gestões municipais, mas que a administração de Marquinhos Trad (PSD) não cumpriu com o aumento. “Entendemos a situação financeira da prefeitura hoje. A categoria entende, mas queremos que nossos gestores também entendam a nossa situação”.

“Eu espero que agora a prefeitura cumpra com a palavra dela. E tem mais, nós estamos atrás dos nossos 14,95%, que vêm do Fundeb este ano. Agora, nós temos que entender que temos outra luta pela frente, ainda em 2023”.

Histórico - Depois de dois meses de impasse, a Prefeitura de Campo Grande garantiu reajuste de 10,39% aos professores da rede municipal. Segundo a ACP, a discussão continua em relação ao calendário de negociações para os índices de 2023/2024, já que os 10,39% referem-se ao que deveria ter sido concedido em 2022, conforme a Lei 6.796/2022. Para este ano, o percentual ainda a ser discutido, de acordo com a legislação, é de 14,95%.

A categoria exigia o pagamento dos 10,39% previsto na Lei Municipal 6.796/2022. A legislação ainda prevê aumento escalonado para a categoria até outubro de 2024, totalizando 62,4%.

A prefeita Adriane Lopes ofereceu 4,78% de reposição inflacionária e bolsa alimentação de R$ 400, que já estava previsto em acordo anteriormente firmado. Depois, ofertou o parcelamento dos 10,39% em três vezes, sendo 3,42% em janeiro e outras duas parcelas, de 3,48%, para março e dezembro de 2023.

A categoria não aceitou e a greve foi deflagrada no dia 2 de dezembro do ano passado e se estendeu até o dia 12 daquele mês, por conta de jogos do Brasil na Copa e, posteriormente, assembleia da categoria.

A pouco mais de uma semana para o início do ano letivo de 2023, a Prefeitura de Campo Grande garantiu que irá cumprir com o reajuste de 10,39% aos professores da Reme (Rede Municipal de Ensino). O valor será pago em duas parcelas, sendo 4% em fevereiro e outros 6,39% em junho.

A "queda de braço" entre a categoria e prefeitura teve início em novembro de 2022, inclusive, acarretou em paralisação das aulas no final do último ano letivo. De acordo com a prefeita Adriane Lopes (Patriota), durante o período de discussão foram realizados ajustes na administração para conseguir chegar ao percentual devido aos professores.

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