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Capital

Professores dão aula na rua para protestar e lutam para ampliar greve

Michel Faustino e Felipe Prado | 11/11/2014 15:06
Com aulão, professores realizam manifesto nesta tarde. (Foto: Alcides Neto)
Com aulão, professores realizam manifesto nesta tarde. (Foto: Alcides Neto)

De forma bem humorada, cerca de 50 professores realizam na tarde de hoje (11) um “aulão” em plena avenida Afonso Pena, como forma de protestar em razão do impasse quanto ao pagamento do reajuste da categoria. A categoria busca ainda ampliar o número de adesão a greve, que hoje é de 60% das escolas, de acordo com a Semed (Secretaria Municipal de Educação).

Com faixas e cartazes os professores ocupam neste momento o canteiro central da avenida, no cruzamento com a Rua 14 de julho. Cerca de dez lousas com explicações sobre a lei que concede o reajuste de 8,46% a categoria foram dispostas ao longo do canteiro.

De acordo com o presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense de Profissionais da Educação), Geraldo Gonçalves, além do manifesto que ocorre neste momento, uma comissão formada por membros do sindicato está percorrendo algumas escolas da Capital que não aderiram a greve. Segundo ele, o objetivo é “convencer” as escolas a aderirem ao movimento e ampliar a paralisação.

Presidente da ACP diz que greve pode ser ampliada com adesão de mais escolas. (Foto: Alcides Neto)
Presidente da ACP diz que greve pode ser ampliada com adesão de mais escolas. (Foto: Alcides Neto)

Conforme o sindicalista, a categoria deve se reunir novamente nesta quarta-feira (12), às 9h, para discutir a elaboração de uma contraproposta a ser encaminhada para a prefeitura, afim de resolver o impasse criado pelo não pagamento do reajuste, e por fim a greve iniciada na ultima quinta-feira (6).

A aposentada Maxima Gimenes, 64 anos, apoia a paralisação e “acha justo” o movimento organizado pelos professores.

“Eles tem que lutar por aquilo que é justo, porque mesmo com esse aumento eles não vão ganhar o que realmente merece. Eles merecem muito mais. Fora que tem gente que precisa trabalhar em dois lugares para garantir um salário digno”, disse.

Já o educador profissionalizante Gabriel Maraca, 22 anos, achou o manifesto “interessante”, e diz que assim, a classe pode chamar atenção da população.

“Esse manifesto e da forma que está sendo feito é uma arma muito poderosa. Além disso, as pessoas precisam saber sobre essa indefinição”, comentou.

Professores levaram quadro e escreveram em sala improvisada no canteiro (Foto: Alcides Neto)
Professores levaram quadro e escreveram em sala improvisada no canteiro (Foto: Alcides Neto)
Eles também distribuíram panfletos aos motoristas no Centro (Foto: Alcides Neto)
Eles também distribuíram panfletos aos motoristas no Centro (Foto: Alcides Neto)
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