Proposta da prefeitura pode encerrar greve dos professores na Capital
A prefeitura de Campo Grande se comprometeu a encaminhar na próxima segunda-feira (08) para ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação) uma nova proposta que promete por fim a greve, que já dura duas semanas na Capital.
Segundo o presidente da ACP, Geraldo Gonçalves, assim que apresentada, a proposta deverá ser avaliada e uma assembleia deve ocorrer já na manhã do dia seguinte. O sindicalista não quis antecipar o teor dar proposta, no entanto, a classificou como um “importante avanço”.
O Campo Grande News apurou que, entre outros termos, o Poder Executivo pretende diluir o reajuste de 13,01% do piso salarial em parcelas mensais até o fim de 2015. Porém, não foi revelado em quantas parcelas a integralização do piso será concedida.
Em janeiro deste ano, o piso nacional do magistério teve aumento de 13,01%, percentual que ainda não foi concedido para os educadores da Reme (Rede Municipal de Ensino). O prefeito Gilmar Olarte (PP) propôs elevar os salários dos profissionais em 8,3% a partir de outubro, mas a categoria não aceitou.
Conforme a prefeitura, a cidade é a única Capital em que os professores, em sua quase totalidade, ganham acima do piso nacional. “O piso prevê pagamento de R$ 1.917,78 por uma carga horária de 40 horas e a Prefeitura paga no mínimo R$ 2532,00 para uma jornada de 20 horas, ou seja, 32% a mais que a lei nacional”, informa.
Multa - A greve começou em 25 de maio e dois dias depois o TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) determinou o retorno de 66% da categoria, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.
Segundo Geraldo Gonçalves, o sindicato só foi notificado da ação na quarta-feira, dia 03, portanto a penalidade passará a contar somente a partir da próxima segunda-feira. Segundo ele, o sindicato já está agindo juridicamente.
Ao todo, a rede municipal conta com 8,3 mil professores, sendo seis mil concursados e 2,3 mil convocados, e 101 mil alunos.