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Capital

Protesto anti-Bolsonaro tem de carro de som a fantasia de jacaré

Manifestação percorrerá ruas do bairro Universitário e fará um minuto de silêncio em homenagem às vítimas de covid-19

Lucia Morel e Aletheya Alves | 31/01/2021 11:34
Protesto anti-Bolsonaro tem de carro de som a fantasia de jacaré
Amigas apostaram na fantasia de jacaré. (Foto: Aletheya Alves)

Carro de som, fantasias e máscaras de jacaré, além de boneco que representa o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fazem parte de protesto contra ele nesta manhã na região do bairro Universitário, em Campo Grande.

Animados, os manifestantes também fazem uso do humor para reclamar da postura do presidente diante de assuntos como a vacinação contra a covid e a reforma da previdência, aprovada em 2019.

As vestes de jacaré fazem referência à fala de Bolsonaro de que sem vacinas atestadas, ninguém saberia se efeito colateral poderia transformar a pessoa no animal. No boneco que o representa, faixa indica “Fim da Aposentadoria”, se referindo às novas regras da previdência.


Vestidas de jacaré, a psicóloga Marcia Albuquerque, 51 anos e as advogadas, Sônia Mara Flores, 60 e Gisele Marques, 52, defendem a saída do presidente do cargo e dizem que a ideia de ser vestirem do reptil que virou meme depois da fala de Bolsonaro, com várias pessoas afirmando que preferem ser transformados no animal a ficarem sem vacina.

"Estamos participando desde o primeiro protesto, mas a fantasia é inédita para este. Vamos continuar participando até o Bolsonaro sair", sustentou Sônia.

A amiga Gisele, enfatiza que “milhares de pessoas tomaram vacina e ninguém virou jacaré. Pedimos para um artesão fazer a nossa fantasia. Pedimos pela vacina o quanto antes. Muitas pessoas estão morrendo, precisamos reverter isso".

Protesto anti-Bolsonaro tem de carro de som a fantasia de jacaré
Carro de som puxa protesto. (Foto: Aletheya Alves)

Também participando do movimento, o advogado Marcos Vinícius Benitez, de 32 anos, afirma que com Bolsonaro na presidência, “o discurso político está sendo massacrado”. Para ele, as pessoas estão percebendo isso e acredita que haverá mais participação nos próximos protestos. “Eu estou aqui pelo preço do arroz, pelo preço do que vejo no mercado. Não dá mais. Nesse tempo de governo não foi feito nada para melhorar, pelo contrário. Acho que as pessoas da periferia vão começar a sentir isso e participar cada vez mais”.

A Guarda Civil Metropolitana acompanha o trajeto do protesto, e até o momento não houve problemas no trânsito, já que os carros e bicicletas ocupam apenas uma das pistas da avenida Manoel da Costa Lima.

No percurso, o grupo fará um minuto de silêncio em homenagem às pessoas que morreram de covid-19 no Brasil. Ao passarem pelo Hospital Universitário, manifestantes ficaram em silêncio e quem estava no carro de som, bateu palmas.

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