Protesto contra impeachment reúne professores, estudantes e indígenas
Em gritos de "não vai ter golpe", o protesto em favor da democracia reúne estudantes, trabalhadores e indígenas nesta tarde, em Campo Grande. De acordo com a organização, grupos de 45 cidades do Estado vieram para participar do ato.
Gleice Jane Barbosa é professora e presidente do Simted (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) de Dourados. Ela conta e veio que vieram pessoas em dois ônibus de lá para o protesto de hoje, "para apoiar o manifesto e lutar contra o golpe que o país está sofrendo".
"Estamos contra o golpe e a favor dos nossos direitos. Desde o ano passado, lutamos contra as privatizações, terceirização e militarização das escolas. Essa não é uma luta regional", afirma Gleice.
A professora também é integrante da marcha mundial das mulheres que fez um ato cultural com tambores durante o protesto. "Nós vamos provocar uma revolução no Brasil", disse ela, acompanhada das demais mulheres do grupo.
A estudante Camila Costa, 25, diz que eles estão protestando contra todos os tipos de corrupção. Entre as bandeiras de hoje, ela diz que é a favor da regularização da mídia, que a concessão seja pública. Ela afirma que os manifestantes contrários estão no direito de protestar também, mas lembrou que eles só fazem isso por que não há ditadura do país, algo pedido por alguns deles.
Um grupo de indígenas vindos de Jardim também participa do protesto. Eles fizeram uma dança que disseram ser "um presente para a Dilma e Lula". Um dos militantes cantou uma música dizendo "que antigamente pobre não tinha nada, só trabalhava, agora anda de carro e está na melhor faculdade" e foi aplaudido.
A previsão da organização é de que o protesto siga até meados das 19h, em frente a TV Morena, próximo a avenida Eduardo Elias Zahran.