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Capital

Protesto de motoristas da Uber tem pouca adesão em Campo Grande

Durante a tarde apenas 13 carros estavam com os aparelhos desligados no Parque das Nações Indígenas

Gabriel Neris | 08/05/2019 15:59
Poucos motoristas paralisaram as atividades na tarde desta quarta-feira (Foto: Gabriel Neris)
Poucos motoristas paralisaram as atividades na tarde desta quarta-feira (Foto: Gabriel Neris)

O protesto dos motoristas do aplicativo Uber previsto para esta quarta-feira (8) à tarde teve pouca adesão. No estacionamento do Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, apenas 13 carros estavam encostados, mas segundo os trabalhadores, alguns deles precisaram sair, como buscar o filho na escola, entre outros compromissos, e voltariam posteriormente.

Alguns deles anunciaram a paralisação, que ocorre simultaneamente em cidades brasileiras e norte-americanas, a partir de meia-noite. Pela manhã, parte dos motoristas já se concentrava no Parque das Nações. A expectativa da Applic-MS (Associação de Parceiros de Aplicativos de Transporte de Passageiros e Motoristas Autônomos) era reunir todos no período da tarde.

O motorista Cleber Nogueira diz que 70% dos motoristas acompanharam o movimento na Capital. Ele trabalhava como caminhoneiro e se tornou Uber há oito meses. Mas agora reclama das condições. “Está inviabilizando. O combustível aumenta todo dia, mas o valor da corrida não aumenta. Tem que rodar mais. Se por na ponta do lápis estamos pagando para trabalhar”, afirma ele, que esteve durante o dia no estacionamento do parque.

Fabiano dos Reis diz que entrou para a plataforma há apenas nove dias, então considera como período de experiência. Ainda assim está do lado dos motoristas.

“Acho justo, tem o seu motivo. Alguns trabalham com outros aplicativos. Eu trabalho só com Uber, 25% [da corrida] é pesado”, afirma Fabiano, que costuma trabalhar das 13h às 22h.

Já o motorista Rogério comentou que ficou sabendo do protesto pela imprensa, mas percebeu que os grupos de WhatsApp com os contatos dos motoristas estavam em silêncio pela manhã. Ele disse que costuma trabalhar como Uber apenas nos fins de semana, mas como estava de folga nesta quarta aproveitou para ganhar um dinheiro extra.

O Campo Grande News fez o teste durante à tarde e verificou que os preços das corridas não sofreram alterações.

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